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Após a divulgação de denúncia feita pelo Pandora Papers, projeto do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, que o ministro da Economia Paulo Guedes, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto e o empresário Luciano Hang tem contas em paraísos fiscais. O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), chamou os bolsonaristas de “falsos patriotas”.

“‘Dólar acima de tudo, paraíso fiscal acima de todos.’ Esse é o verdadeiro lema dos falsos patriotas. E quem paga a conta é a família que não consegue comprar gás de cozinha. Vale lembrar: além de cumprir as leis, quem exerce uma função pública deve possuir AUTORIDADE MORAL”, escreveu o governador no seu Twitter.

De acordo com os documentos divulgados, Paulo Guedes fundou a offshore Dreadnoughts International em 2014, nas Ilhas Virgens Britânicas, um paraíso fiscal no Caribe. Nos meses seguintes, Guedes aportou na conta da offshore US$ 9,55 milhões, o que representou US$ 23 milhões na época (no câmbio atual, o valor hoje corresponde a R$ 51 milhões).

Já o dirigente do Banco Central também apareceu como dono da Cor Assets S.A., uma offshore no Panamá, outro paraíso fiscal, na América Central. Neto criou sua offshore em 2004, com US$ 1,09 milhão (R$ 3,3 milhões à época, que, se fossem repatriados hoje, equivaleriam a R$ 5,8 milhões). 

O empresário Luciano Hang manteve por 17 anos uma empresa de paraíso fiscal sem informar às autoridades que tinha dinheiro no exterior. A offshore de Hang foi criada em 1999, mas só foi regularizada em 2016, graças a uma lei sancionada pela Dilma Rousseff.

De acordo com informações do Poder360, Dois anos depois de ser regularizada, a empresa de Hang, chamada Abigail Worldwide, tinha em conta US$ 112,6 milhões, o equivalente a R$ 604 milhões, pela cotação atual do dólar. O valor aparece num documento do banco suíço EFG Bank encaminhado a Hang em outubro de 2018.

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