
Apesar de muita propaganda, a ausência de investimento do governo Bolsonaro nas rodovias federais é evidente. Só no estado do Maranhão, foram identificados vários trechos em que a malha rodoviária está em uma situação crítica, praticamente intrafegável.
De acordo com dados da Confederação Nacional do Transporte (CNT), em 2019, 59% da malha rodoviária pavimentada apresentou algum problema considerado regular, ruim ou péssimo.
Em 2021, o orçamento do DNIT é o menor em vinte anos de existência do órgão.
Para o estado do Maranhão, o orçamento para manutenção das rodovias caiu de R$ 199 milhões em 2020 para 108 milhões milhões em 2021. A estimativa do órgão é que para realizar a manutenção das rodovias do estado seriam necessários R$ 542 milhões por ano.
Os trechos da BR-222, da BR-135 e BR-226 são considerados pontos mais críticos. Sendo que os pontos da BR-222 e da BR-226 correm o risco de chegar a um nível de degradação irreversível caso não haja uma intervenção antes do próximo período chuvoso.
Desde o ano de 2020, o governador Flávio Dino busca junto ao Governo Federal melhorias para as rodovias federais no Maranhão. Diante da constatação que o DNIT não teria condições de realizar as obras nas rodovias no Maranhão, Dino propôs ao Ministério da Infraestrutura um mutirão para recuperar todas as BRs no Maranhão.
Na ocasião, o governador pediu que o Governo do Maranhão possa atuar e auxiliar nas obras de recuperação emergencial das estradas.
O trecho BR-222, que liga Miranda a Santa Inês chega a ser percorrido em três horas devido ao estado do pavimento da rodovia. A estrada é uma das principais ligações entre as duas maiores cidades do estado, Imperatriz e São Luís.
Já na BR-226, o pior trecho é entre as cidades de Presidente Dutra e Grajaú. As duas rodovias são de importante acesso ao Porto do Itaqui, pois se ligam a BR-135. Cerca de 2.500 caminhões trafegam por dia nas rodovias federais que atravessam o estado.
Com informações da Agência Infra*