Os estados do Norte e Nordeste do país foram prejudicados pelos critérios adotados pelo PNI ( Programa Nacional de Imunizações) para a distribuição de doses das vacinas contra a Covid-19. Por conta dos parâmetros do PNI, as duas regiões receberam menos imunizantes em relação ao tamanho de suas populações, o que afetou o percentual de pessoas vacinadas nos estados.
De acordo com o UOL, o envio das doses realizados até o dia 2 de agosto há uma desigualdade, já que o Estado de São Paulo recebeu 57% a mais de doses que o estado do Amapá. São Paulo recebeu um pouco mais de 46 milhões de doses, ou o equivalente a 1,04 para cada habitante. O Amapá teve acesso a 861 mil, ou apenas 0,66 doses por morador.
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Sendo assim, o estado de São Paulo já avançou bastante na imunização da população com a primeira dose, alcançando o contingente de 60,3%. Já o Amapá tem apenas 36%.
O Ministério da Saúde justificou que a disparidade de dados por conta a priorização de alguns grupos, tais como: idosos e profissionais de saúde, por exemplos. Estados com mais pessoas nesses grupos, receberam mais doses.
Um novo critério de distribuição foi adotado desde o último dia 29 de julho, quando houve uma “reorganização da Campanha Nacional de Vacinação contra a Covid-19, na qual se definiu que a distribuição das doses adotaria o critério por faixa etária”. De acordo informe técnico da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, o objetivo é equiparar a cobertura vacinal dos estados de acordo com a população.
Porém, ainda de acordo com os documentos que UOL teve acesso, os estados que estão mais distante de completar a vacinação de pessoas com 18 anos ou mais também são do Norte e do Nordeste. O Ministério da Saúde afirma que fará a compensação de envio de doses aos estados, para diminuir a desigualdade nos índices de imunização.