O movimento “Aqui Não” foi criado no último dia 10 de julho. Foto: Reprodução

Desde a semana passada, um movimento articulado por artistas e integrantes da sociedade civil do Maranhão tem o objetivo de apresentar uma ação requisitando que a Justiça proíba a Havan, loja de varejo do empresário Luciano Hang, de erguer uma réplica da Estátua da Liberdade em São Luís. Em vídeo de divulgação, a atriz Claudiana Cutrim afirma que a estátua insulta a história do povo maranhense.

A petição eletrônica do movimento “Aqui Não”, conta, até agora, com 3.130 assinaturas e tem ganhado força nas redes sociais. “Nada contra emprego e renda. Nada contra o livre mercado, desde que exercido por quem respeita os direitos sociais e trabalhistas. Por quem respeita a liberdade de expressão, a democracia, os direitos humanos. Não é o caso do personagem caricato, aventureiro, por trás da Estátua da Liberdade”, diz o manifesto da petição.

O texto ainda alega que a réplica da estátua em São Luís não é compatível com a cultura e arquitetura da cidade, considerada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Além disso, a organização do movimento cobra um posicionamento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

“Alguém consegue imaginar uma Estátua da Liberdade em Olinda, Ouro Preto ou Diamantina? Não dá. A exemplo de São Luís, são cidades tombadas pela Unesco como Patrimônio da Humanidade. Em qualquer um desses sítios urbanos, instituições como o Iphan reagiriam com rigor”, destaca a liderança do movimento.

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Vale lembrar que nem todas as unidades da loja contam com a estátua em sua entrada. O movimento “Aqui Não” convoca o povo a resistir e não aceitar que a estátua de 35 metros seja erguida em São Luís. Em outras cidades do país já foi impedido que a estátua fosse erguida e requerido que o projeto se adequasse a arquitetura da cidade.