O deputado Wellington do Curso (PSDB) sofreu um duro golpe durante oitiva da chamada CPI dos Combustíveis, em curso na Assembleia Legislativa do Maranhão. Crítico fervoroso do governo Flávio Dino (PCdoB), Wellington faz campanhas sistemáticas na mídia e nas redes sociais, apontando que o alto preço do combustível pago pelos maranhenses seria supostamente resultado do valor do ICMS cobrado pela gestão estadual.

Mas a cantilena de Wellington foi por água abaixo quando o presidente da CPI, o deputado estadual Duarte Júnior (PR) questionou ao presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustível do Maranhão (SindCombustíveis-MA), Leopoldo Santos, o que aconteceria se o valor do tributo foi reduzido.

“Eu sou favorável à redução dos impostos. Eu sou favorável à uma reforma tributária. É por isso que eu faço uma pergunta direta ao senhor presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Maranhão. Se o governo, atendendo a requerimento da CPI, reduzir a alíquota do ICMS, o senhor reduz o valor do combustível ao consumidor ou o senhor não garante?”, indagou Duarte.

“Como eu falei. O imposto ele compõe o preço, mas nós não compramos do Estado”, respondeu Leopoldo Santos.

“Então, o senhor não garante essa redução?”, replicou Duarte Júnior.

“Não. Não posso garantir”, afirmou o presidente do SindCombustíveis-MA.

Bolsominion

Wellington do Curso é um dos principais apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Maranhão. Enquanto tenta transferir a responsabilidade do aumento no preço dos combustíveis ao Governo do Estado, o parlamentar ‘bolsominion’ jamais citou que as elevações têm relação direta com os aumentos no valor de combustíveis anunciados pela Petrobras, estatal de competência federal.

Só para se ter uma ideia, apenas em 2021, a Petrobras já anunciou seis aumentos no preço da gasolina e cinco no valor do diesel.