Antonio Barras Torres, diretor-presidente da Anvisa

O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, é o depoente da tarde desta quinta-feira (6) na CPI da Covid, que apura responsabilidades e busca soluções para a trágica crise sanitária que atinge o país. A sessão tem início às 14 horas e poderá ser acompanhada pela TV Senado.

Presidente do órgão responsável pela liberação dos imunizantes contra à Covid aplicados no Brasil, Barra Torres será questionado principalmente sobre a polêmica que envolve a proibição do uso emergencial da vacina russa Sputnik V. A decisão da Anvisa foi considerada política pelo Gamaleya, instituto russo produtor do imunizante utilizado em mais de 70 países, e divide a opinião de cientistas brasileiros.

As suspeitas ainda são acentuadas pela demora da agência em deliberar os pedidos de autorização protocolados por 17 estados em busca de garantir a vida ameaçada pelo descaso do governo federal em combater a pandemia.

A avaliação da Anvisa só aconteceu dia 26 de abril por força de ordem judicial do Supremo Tribunal Federal (STF) em atendimento ao Estado do Maranhão, que aguardava desde o início do ano a resposta de solicitação para importar 4,5 milhões de doses da vacina, já negociadas com o instituto russo.

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O contra-almirante da Marinha Antonio Barra Lopes nomeado diretor-presidente da Anvisa dia 4 de novembro faz parte do círculo de amizade militar de Bolsonaro, com quem compartilha das mesmas ideias contrárias as medidas drásticas no combate ao coronavírus. Ele costuma usar o símbolo da Ordem de Malta, uma organização de cavaleiros cristãos que surgiu durante as Cruzadas, no século XI.