Epicentro da crise sanitária causada pela Covid-19 e símbolo do negacionismo em todo o planeta, o Brasil alcançou, no fim da quinta-feira (29), a marca das 400 mil vidas perdidas.
O número, que consolida o colapso da saúde do país e atesta o fracasso da gestão conduzida por Jair Bolsonaro (sem partido), se tornou o principal assunto entre lideranças políticas maranhenses, que foram às redes sociais lamentar a dimensão do fracasso nacional.
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Pelo Twitter, o governador do Estado, Flávio Dino (PCdoB) afirmou que a marca representa “a maior tragédia da história brasileira”. “400 mil mortes por coronavírus. A maior tragédia da história brasileira. Minha solidariedade profunda e afetuosa com as famílias das vítimas”, escreveu.
‘Luto sem fim’
Em um apelo para que a população siga atenta às medidas de combate à Covid-19, a líder do Bloco Senado Independente, senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) lamentou que o ‘luto nacional não tenha fim’.
“O Brasil ultrapassou hoje a marca trágica de 400 mil mortes causadas pela Covid-19. Dessas mortes, 100 mil foram nos últimos 36 dias. Que dor! Que tristeza! Um país de luto que parece não ter fim! Só a vacina e as medidas de distanciamento social para nos salvar. #VacinaSim”, declarou a congressista.
Vacinação contra a Covid-19
Colega no Parlamento, o senador Weverton Rocha (PDT-MA) também pediu celeridade na vacinação da população.
“O Brasil chegou nesta quinta-feira à terrível marca de 400 mil mortos. Um dor coletiva que vem se prologando em demasia e poderia ter sido evitada. É preciso, com urgência, acelerar a vacinação e ter uma política nacional de enfrentamento à Covid-19. Salvar vidas é prioridade”.
‘Culpa é de Bolsonaro’
Em referência direta à desastrosa gestão de Bolsonaro, o deputado federal Bira do Pindaré (PSB-MA), recordou que o país quadruplicou o número de óbitos nos últimos dois meses, com 100 mil mortes em 36 dias. “Mais de 400 mil pessoas mortas. E a culpa dessa situação é do Bolsonaro”, disse.
A explosão no número de óbitos também foi lembrada pelo deputado federal licenciado Rubens Júnior e atual secretário de Articulação Política do Maranhão, Rubens Júnior (PCdoB) para dimensionar o tamanho da catástrofe brasileira.
“O Brasil ultrapassou nesta quinta (29) as 400 mil mortes por Covid-19. Segundo o consórcio de imprensa, 400.021 brasileiros morreram em decorrência do novo coronavírus. Um quarto desses óbitos ocorreu nos últimos 36 dias. Só no mês de abril houve 78.135 mortes”, reforçou.
Bolsonaro ignora mortes
Alheio aos caos, o presidente Jair Bolsonaro voltou a ignorar o registro de óbitos causados pela Covid-19. Na tradicional live semanal, o mandatário fez apenas uma citação indireta à cifra, ao lamentar o “número enorme” de óbitos em decorrência da doença.
“Lamentamos as mortes, chegou a um número enorme de mortes agora aqui, né?”, disse o presidente enquanto criticava medidas restritivas impostas por prefeitos e governadores.
O Brasil é o segundo país do mundo com mais mortes pela doença, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, onde 574 mil pessoas morreram pela Covid-19. A distância entre os dois países, porém, está diminuindo. Nas duas últimas semanas, os americanos, que vêm conduzido um programa de vacinação acelerado, registraram cerca de 700 novas mortes por dia, enquanto o Brasil registrou média móvel de 2.379 óbitos.