No fim dessa quinta-feira (29), o laboratório russo Gamaleya enviou à Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) uma lista de 30 questionamentos para contrapor o veto do órgão à importação da vacina contra a Covid-19 Sputnik V pelo Brasil.
Assinado pelo Ministério da Saúde da Rússia, o documento de 55 páginas foi encaminhado pelo Consórcio Nordeste, a partir da Procuradoria Geral da Bahia (PGE), ao presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, segundo informações do Portal Uol.
Veto “político” da vacina
Com o documento oficial rebatendo as alegações, os governadores do Nordeste, pedem a reconsideração da decisão e o aval para a compra de 37 milhões de doses do imunizante.
O comitê científico do Consórcio orientou que os estados sigam com a compra e classificou o veto da Anvisa como “político”. O laboratório já anunciou que processará a Anvisa por difamação, após a Agência alegar dados sobre a vacina, em especial sobre o risco de doenças por falha na fabricação.
No texto, o laboratório russo afirma que é possível garantir – e provar – a segurança e eficácia do imunizante e aponta que “a equipe da Anvisa em Moscou teve total acesso a todos os documentos relevantes, assim como a todos os locais de produção e pesquisa.”
“Todos os documentos relevantes cientificamente e informações, assim como acesso direto à documentação do Centro Gamaleya e cientistas no comando do desenvolvimento da vacina, foram colocados à disposição da equipe da Anvisa”, diz.
Atualmente, 62 países no mundo aprovaram o uso da vacina russa, segundo levantamento do jornal The New York Times.