Paulo Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes – (Foto: Divulgação)

Paulo Guedes administrava R$ 2,3 bilhões em fundos até o dia em que aceitou o convite do então presidente eleito Jair Bolsonaro (sem partido) para se tornar seu superministro. Desde então, o homem responsável por conduzir a política econômica, de comércio, desenvolvimento e emprego do país vem dando reiterados sinais de para quem serve.

12 de fevereiro de 2020

“Todo mundo indo para a Disneylândia, empregada doméstica indo pra Disneylândia, uma festa danada”

Para justificar alta do dólar comparando com o R$ 1,80 do governo Lula

07 de fevereiro de 2020

“O funcionalismo teve aumento de 50% acima da inflação (…). O hospedeiro está morrendo, o cara virou um parasita

Para justificar falta de reajuste para servidores públicos

27 de abril de 2021

“Quebrou no exato momento em que o avanço da medicina, não falo nem da pandemia. Falo do direito à vida. Todo mundo quer viver 100 anos, 130 anos. Todo mundo (quer) procurar serviço público. E não há capacidade instalada no setor público para isso. Vai ser impossível”

Justificando que o aumento da expectativa de vida do brasileiro quebrou o Estado

29 de abril de 2021

“Teve uma bolsa do governo, o Fies, uma bolsa pra todo mundo”

Em referência ao FIES do governo Lula, citando que o filho do porteiro do prédio que morava teria passado em uma faculdade “tirando zero”.

Chutando a própria escada

O ministro Paulo Guedes é filho de servidora pública do Instituto de Resseguros do Brasil – privatizado no governo Dilma. Nos anos 1960, estudou em BH, em uma escola pública, o Colégio Militar. Formou-se depois em uma faculdade pública, a UFMG.

Sua pós-graduação na Universidade de Chigaco, ponto alto de seu curriculum, aconteceu graças ao Estado, por uma bolsa pública do CNPQ. Nos anos 1970, sua experiência acadêmica seguiu depois em uma instituição pública, a Universidade do Chile.

Nos anos 1980, que fez sua migração para a iniciativa privada. No Banco Pactual, começou a fazer fortuna, sempre apostando contra planos econômicos do governo de ocasião. Respondeu a três investigações por “gestão temerária”.

Em 2019, virou o superministro da Economia de Bolsonaro, defendendo a redução do Estado – cujas políticas de Educação permitiram os estudos do filho de uma servidora pública de Belo Horizonte até Chicago. Desde então, vem se posicionado contra as políticas públicas que o beneficiaram sirvam para os mais pobres.