A cúpula da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid avalia indiciar dois filhos de Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) e o vereador carioca Carlos Bolsonaro e outros bolsonaristas que frequentam o Palácio do Planalto.
Além dos irmãos, devem ser indiciados o ex-secretário de Comunicação da presidência da República, Fábio Wajngarten, e o assessor da área internacional Filipe Martins. A informação é da jornalista Malu Gaspar e O Globo.
Os quatro estão entre as mais de 30 pessoas que deverão ser alvo do relatório, que será apresentado no próximo dia 19 e votado no dia 20. Os nomes de Carlos, Eduardo, Wajngarten e Filipe Martins deverão estar no capítulo relativo à publicação de fake news.
Leia: SUS se torna o principal serviço de saúde no MA e derruba casos de Covid-19
De acordo com pessoas envolvidas na elaboração do relatório, Renan Calheiros e equipe de juristas que assessora a CPI estão examinando as mensagens trocadas pelos filhos de Bolsonaro que comprovariam o envolvimento deles com o esquema de divulgação de notícias falsas sobre o coronavírus, vacinação e tratamentos sem eficácia comprovada.
Eduardo pode ser indiciado devido as mensagens trocadas com empresários que os membros da CPI chamam de “patrocinadores” da criação de fake news durante a pandemia, entre eles o dono da Havan, Luciano Hang e o ex-gestor de fundos do banco Lehman Brothers Otávio Fakhoury.
Carlos Bolsonaro aparece trocando mensagens com Filipe Martins a respeito do conteúdo sobre a pandemia a ser distribuído nas redes bolsonaristas. Para a cúpula da CPI, é certo que Carlos, compõe e coordena o chamado gabinete do ódio.