O Instituto de Movimentação para o Desenvolvimento Social (IMDS), presidido por Ariosto Carvalho de Oliveira, ex-coordenador de programas da Secretaria Municipal de Governo (SEMGOV), foi o escolhido no chamamento público da Secretaria Municipal de Cultura (SECULT) para realizar o Carnaval de São Luís em 2025. O contrato? Nada menos que R$ 15 milhões.

Se o nome do IMDS soa familiar, é porque ele já apareceu antes. Em 2024, o mesmo instituto foi responsável pela organização do São João da cidade, em um contrato milionário de R$ 9,7 milhões. E agora, mesmo com Ariosto exonerado do cargo na gestão Eduardo Braide, sua OSC (Organização da Sociedade Civil) segue bem cotada na Prefeitura.

Coincidência ou direcionamento?

Além da repetição do nome do Instituto, chama atenção o fato de que o resultado final do chamamento só foi homologado agora, em 10 de fevereiro, mas a estrutura para o evento já está montada na Praia Grande, onde será realizado o Carnaval.

Mais curioso ainda: o IMDS terá que fornecer toda a estrutura do pré-carnaval até amanhã, dia 15, quando acontece o primeiro dia oficial do evento da Prefeitura. Como isso acontece? Como um instituto que só agora foi declarado vencedor já tem tudo pronto?

A lista de exigências do contrato não é pequena: montagem de palco, iluminação, banheiros químicos, trios elétricos, disciplinadores metálicos, containers, produção artística, buffet, transmissão online e muito mais. Se o Instituto só agora teve o resultado publicado, já estava tudo acertado antes?

Os questionamentos continuam:
• Como um ex-coordenador da Prefeitura consegue contratos milionários seguidos com a mesma gestão?
• Houve real concorrência ou o resultado já era esperado?
• O IMDS já sabia que ganharia antes da homologação oficial?

Eventos culturais são importantes, mas isso não significa que processos como esse possam passar sem transparência. A Prefeitura deve explicações.