O ex-governador de São Paulo, João Doria, anunciou nesta segunda-feira (23) que desistiu de concorrer à Presidência da República nas Eleições 2022. Em coletiva de imprensa, Doria disse que seu partido, o PSDB, “saberá tomar a melhor decisão”.
“Entendo que não sou o escolha da cúpula do PSDB”, disse. “Retiro-me da disputa com o coração ferido, mas com alma leve”, completou.
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O anúncio ocorreu depois de uma reunião entre Doria com o presidente do partido, Bruno Araújo, e os líderes das bancadas na Câmara, Adolfo Viana, e no Senado, Izalci Lucas.
O anúncio ocorre após o PSDB, junto com o MDB e o Cidadania definirem em conjunto que devem apoiar Simone Tebet (MDB) para a eleição presidencial.
A saída de Doria é o desfecho de um processo de fragmentação do próprio PSDB. Não houve consenso no partido nem mesmo com a realização das prévias tucanas, em novembro de 2021, que resultaram na escolha de Doria como o pré-candidato.
O ex-governador do RS, Eduardo Leite, chegou a flertar com o PSD, de Gilberto Kassab, numa possível troca de partido para concorrer ao Planalto e ser adversário de Doria, mas acabou sendo convencido por colegas de legenda a ficar no PSDB, uma vez que a viabilidade da pré-candidatura do ex-governador de SP estava em xeque.
Sem mencionar o nome de Simone Tebet, pré-candidata cotada para ser a cabeça de chapa da 3ª via, Doria disse que o “PSDB saberá tomar a melhor decisão no seu posicionamento para as eleições deste ano”.
Em nota, a senadora disse que Doria “nunca foi adversário”, mas um “aliado”. Segundo ela, sugestões do ex-governador serão aceitas para o seu programa de governo.