Greve dos rodoviários completa um mês e prefeito segue como esfinge
Greve dos rodoviários completa um mês e prefeito segue como esfinge. Foto: reprodução

A greve dos rodoviários completa um mês e nenhum acordo foi firmado entre rodoviários e empresários do sistema de transporte que opera em São Luís. Em recente audiência de conciliação no MPT, o presidente do TRT-16, desembargador Francisco José de Carvalho Neto, cobrou do prefeito Eduardo Braide uma solução financeira para a situação.

Enquanto o imbróglio não é resolvido, a população da capital sofre com a piora do serviço, já que a redução da frota ocasiona longas esperas nas paradas de ônibus. Tudo isso é potencializado pelo sucateamento da frota e superlotação.

Apesar de ter feito muitas promessas ao trabalhador, Braide tem mostrado estar ao lado do empresariado, já que ao reajustar o valor da passagem em R$ 0,20 atendeu às necessidades do patronato e não trabalhou de forma efetiva na defesa dos direitos dos trabalhadores do transporte coletivo.

Entre as reivindicações dos rodoviários estão a implementação imediata do índice de 15% de reajuste salarial, tíquete-alimentação no valor de R$ 800 e manutenção do plano de saúde pelas empresas componentes da categoria patronal do dissídio. Também requerem o pagamento das diferenças resultantes desse percentual nos salários e no tíquete-alimentação dos membros da categoria profissional, retroativamente a janeiro de 2020 (data-base).

Mais uma audiência de conciliação está prevista para sexta-feira (18), no Gabinete da Presidência do TRT. Esta vai ser a segunda audiência de conciliação, pois na primeira, realizada na última sexta-feira (11), não houve acordo. As partes envolvidas foram notificadas sobre a nova data da audiência. Também houve reuniões sem acordo realizadas pelo Ministério Público do Trabalho no Maranhão (MPT-MA).

Na reunião do dia 11, o presidente Carvalho Neto enfatizou a importância do papel do município de São Luís, suscitando que o ente municipal afirme, “de forma clara e direta, qual pode ser a sua participação, em termos financeiros, na solução da controvérsia”.