O vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão (PT), reafirmou nesta terça-feira (1º), em publicação na rede social X, que seu projeto político para 2026 segue sendo disputar o Governo do Estado. A manifestação veio após a circulação de informações sobre seu nome ter sido incluído em levantamentos eleitorais para o Senado.

“Recebi pelo WhatsApp informações de que meu nome estaria sendo bem cogitado para eventual candidatura ao Senado ano que vem, inclusive com boa pontuação em pesquisa eleitoral. (…) REAFIRMO que meu nome está à disposição do PT para ser candidato a GOVERNADOR do estado do Maranhão”, escreveu.

Apesar da reafirmação, Felipe Camarão apareceu pela primeira vez em um levantamento para o Senado. Segundo pesquisa Real Time Big Data, realizada nos dias 29 e 30 de setembro, ele registrou 6% das intenções de voto no cenário 2 e 8% no cenário 3. Os números, embora distantes dos líderes — Weverton Rocha (PDT), que aparece entre 26% e 31%, e Lahesio Bonfim (NOVO), com 18% —, sinalizam que o vice-governador começa a ser considerado pelo eleitorado também para cargos majoritários no Congresso.

A leitura política desse movimento ganha relevância diante do cenário local: o governador Carlos Brandão (PSB) já afirmou que não pretende disputar o Senado e deve cumprir o mandato até o fim.

em 2026, o Maranhão terá duas vagas de senador em disputa — o que torna a corrida mais aberta e fortalece a presença de novos nomes, como o de Felipe Camarão. A inserção do vice-governador, mesmo com percentuais iniciais, sinaliza que seu nome já é testado pelo eleitorado para funções majoritárias de peso nacional.

No plano político mais amplo, o movimento dialoga diretamente com a estratégia do PT nacional, que busca ampliar sua bancada no Senado. Nesse cenário, estados como o Maranhão, onde o presidente tem alta popularidade, são considerados estratégicos para garantir ao partido e seus aliados pelo menos uma das vagas.

Ainda que Felipe Camarão reafirme a prioridade em disputar o Governo do Maranhão, a lembrança de seu nome para o Senado mostra que o PT tem margem de manobra: pode manter o vice-governador como aposta estadual ou redirecioná-lo para reforçar a bancada petista em Brasília.