O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para 2 de setembro o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de aliados acusados de tentar dar um golpe para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após as eleições de 2022.
A decisão atendeu a um pedido do ministro Alexandre de Moraes. O julgamento será presencial e poderá se estender por várias sessões, já convocadas para os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro.
Além de Bolsonaro, respondem no chamado “núcleo central” da acusação nomes como Braga Netto, Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira, Almir Garnier, Alexandre Ramagem e Mauro Cid. Eles são apontados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como participantes do plano golpista. Entre as acusações estão disseminação de fake news, elaboração de minutas de decreto para anular as eleições e até apoio logístico e financeiro para atos contra o resultado das urnas.
A defesa dos oito réus já apresentou as alegações finais, todas negando participação e alegando falta de provas. Agora, caberá aos cinco ministros da Primeira Turma — Moraes, Cármen Lúcia, Zanin, Luiz Fux e Flávio Dino — decidir se eles serão condenados ou absolvidos. Um pedido de vista (mais tempo para analisar) pode adiar o desfecho.
O único preso até agora é Braga Netto, detido em dezembro de 2024 por suspeita de obstruir as investigações.