A ONG Sea Shepherd Brasil, em parceria com o Instituto Oceanográfico da USP, divulgou o maior estudo já realizado sobre a poluição das praias brasileiras, identificando as mais seguras e inseguras para o banho. No Maranhão, de mais de 30 praias comprovadas, apenas três apresentaram grau de poluição zero: Praia do Amor, em Turiaçu, e Ponta das Gaivotas e Ilha do Atim, ambas localizadas em Tutóia.
Entre os destinos mais procurados pelos turistas no Maranhão, várias praias figuram entre as mais poluídas. A praia de Mamuna, em Alcântara, foi definida como a mais poluída do estado e da 13ª do Brasil, com 34,33 fragmentos de fragmentos por metro quadrado. Apesar disso, o nível de poluição de Mamuna é consideravelmente menor quando comparado à praia mais suja do país, o Pântano Sul, em Florianópolis, que apresenta 144,16 fragmentos por metro quadrado.
Na Ilha de São Luís, as praias de São Marcos, com 29,50 fragmentos por m², Caolho, com 17,50 fragmentos por m², e Ponta d’Areia, com 16,33 fragmentos por m², estão entre as mais poluídas. Além disso, as praias de Araçagy, com 22 fragmentos por m², Caúra, com 16,33 fragmentos por m², São José de Ribamar, com 13,50 fragmentos por m², e Mangue Seco, na Raposa, com 6,50 fragmentos por m² m², se aproxima da classificação de proteção parcial, que começa a partir de 4 fragmentos por metro quadrado
A Praia de Canto de Atins, em Barreirinhas, foi apontada como a 4ª mais poluída do Maranhão, enquanto Atins registrou 11,83 fragmentos por m². Outras áreas turísticas do estado, como Tutóia, Cedral e a recentemente popular Praia do Araoca, em Guimarães, também apresentam altos níveis de poluição.
Os resíduos mais encontrados incluem plásticos, isopor, bitucas de cigarro, tampas de garrafas e embalagens de alimentos, além de conservantes, seringas, isqueiros e embalagens de medicamentos.
O estudo resultou na elaboração de um relatório, que já está disponível ao público, trazendo diagnósticos e propostas de soluções para o problema da poluição nas praias brasileiras. Um artigo científico mais detalhado está previsto para ser lançado em breve. Além da pesquisa, a equipe realizou 306 limpezas científicas e especificações 172 mutirões de limpeza ao longo da costa do Brasil.
Veja o estudo na integra clicando aqui e aqui o relatorio interativo
Praias mais poluídas do Maranhão
Mamuna – Alcântara – 34,33 fragmentos por m²
São Marcos – São Luís – 29,50 fragmentos por m²
Moita Verde – Tutóia – 26,83 fragmentos por m²
Praia Canto do Atins – Barreirinhas – 26,33 fragmentos por m²
Araçagy – Paço do Lumiar – 22 fragmentos por m²
Caolho – São Luís 17,50 fragmentos por m²
Ponta d´Areia – São Luís – 16,33 fragmentos por m²
Caúra – São José de Ribamar – 16,33 fragmentos por m²
São José de Ribamar – São José de Ribamar – 13,50 fragmentos por m²
Atins – Barreirinhas – 11,83 fragmentos por m²
Araoca – Guimarães – 11,33 fragmentos por m²
Barreirão – Cedral – 6,66 fragmentos por m²
Mague Seco – Raposa – 6,50 fragmentos por m²
Praias seguras para banho no Maranhão em relação a poluição
Praia do Amor – Tutóia – 0 fragmentos por m²
Ponta das Gaivotas – Tutóia – 0 fragmentos por m²
Ilha do Atim – Turiaçu – 0 fragmentos por m²
Ponta da Areia – Alcântara – 0,16 fragmentos por m²
Juçatuba – São José de Ribamar – 0,33 fragmentos por m²
Lagoa do Maceió – Tutóia – 0,33 fragmentos por m²
Ponta dos Lobos – Paulino Neves – 0,66 fragmentos por m²
Faraó – Cedral – 0,83 fragmentos por m²
Praia dos Lençóis Maranhenses – Santo Amaro – 1,66 fragmentos por m²
Ilha Mansinha – Apicum-Açu – 2,33 fragmentos por m²
Praia da Barra – Tutóia – 3,16 fragmentos por m²
Praia do Meio – São José de Ribamar – 3,83 fragmentos por m²
Praia do Brito – Alcântara – 4,00 fragmentos por m²
Praia do Arpoador – Tutóia – 4,16 fragmentos por m²
Praia do Itatinga – Alcântara – 4,50 fragmentos por m²
Praia do Arião – Tutóia – 4,66 fragmentos por m²
Ilha do Andrade – Cândido Mendes – 5,33 fragmentos por m²