Auditoria do Tribunal de Contas da União revelou o uso de ‘sarjeta fantasma’ para desviar verba federal da Codevasf no Maranhão .

Três empreiteiras maranhenses são suspeitas de participar do escoamento de recursos públicos.

A maior beneficiada com os desvios indicados no relatório é a construtora Engefort, “que é indicada pela fiscalização do TCU como a líder de um cartel de empresas e pavimentação responsável por fraudes em licitações da Codevasf que somam mais de R$ 1 bilhão”, ressalta o jornal Folha de São Paulo.

Só com sarjetas a empreiteira teria obtido R$ 3,8 milhões sem ter realizado os serviços previstos para Santa Inês, Grajaú, Água Doce, Vitorino Freire e Lago da Pedra.

A segunda empreiteira suspeita de integrar o cartel é Construtora JT, que colocou pelo ralo R$ 3,5 milhões. As obras de pavimentação estavam contratualmente programadas para as cidades de Imperatriz, Santa Inês, Bacabal, Presidente Dutra e Fortuna.

A terceira empreiteira citada como beneficiária dos recursosnque foram pela sarjeta é a Construservice, que não foi incluída entre os integrantes do cartel chefiado pela Engefort, segundo o TCU.

Alvo de recente operação da Polícia Federal no Maranhão, a Construservice desta vez atacou no estado do Tocantins. Segundo o relatório os contratos de asfaltamento no estado vizinho somam R$ 500 mil.

Procurados pela Folha, a Codevasf e as empresas Engefort e JT negaram as irregularidades e disseram que desconhecem o teor da auditoria.

A Construservice não se manifestou.

A Codevasf no Maranhão é apadrinhada pelo deputado federal reeleito Aluísio Mendes (PSC) e pelo senador derrotado em final de mandato Roberto Rocha (PTB).