bolsonaro discurso
O presidente Jair Bolsonaro durante pronunciamento nesta terça-feira (1) no Palácio do Alvorada, em Brasília. Foto: Reprodução

Mais de 44 horas após ser derrotado no segundo turno das eleições, o presidente Jair Bolsonaro falou ao público pela primeira vez nesta terça-feira (1/11).

Em pronunciamento curto no Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse respeitar a Constituição, desautorizou os protestos nas estradas, mas não fez qualquer menção ao resultado das eleições.

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Após a sua fala, no entanto, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), disse que o presidente o autorizou a iniciar o processo de transição junto à equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça, de como se deu o processo eleitoral“, disse Bolsonaro.

As manifestações pacíficas sempre são bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população. Como invasão de propriedade, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir.

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Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro.

Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral.

As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas. Mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir.

A direita surgiu de verdade em nosso país. Nossa robusta representação no Congresso mostra a força dos nossos valores: Deus, pátria, família e liberdade.

Formamos diversas lideranças pelo Brasil. Nossos sonhos seguem mais vivos do que nunca. Somos pela ordem e pelo progresso.

Mesmo enfrentando todo o sistema, superamos uma pandemia e as consequências de uma guerra.

Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição.

Nunca falei em controlar ou censurar a mídia ou as redes sociais.

Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição.

É uma honra ser o líder de milhões de brasileiros que, como eu, defendem a liberdade econômica, a liberdade religiosa, a liberdade de opinião, a honestidade e as cores verde e amarela da nossa bandeira.