Após o PDT anunciar que apoiaria o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições presidenciais, Ciro Gomes divulgou um pronunciamento nesta terça-feira (4) para afirmar que seguirá a decisão do partido. No entanto, ele não citou o nome de Lula em nenhum momento.
“Gravo esse vídeo para dizer que acompanho a decisão do meu partido, o PDT. Frente às circunstâncias, é a última saída. Lamento que a trilha democrática tenha se afunilado tanto que reste para os brasileiros duas opções, ao meu ver, insatisfatórias,’ afirmou.
Mais cedo, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, anunciou oficialmente o apoio do partido —a decisão foi tomada após uma reunião por videoconferência com diversas lideranças do partido, incluindo o próprio Ciro.
Apesar de citar piora na “trilha democrática”, Ciro diz não acreditar que a democracia esteja em risco nessas eleições, mas pondera sobre o que classifica como “absoluto fracasso na nossa democracia em construir um ambiente de oportunidades que enfrente a mais massiva crise social e econômica que humilha a esmagadora maioria do nosso povo”.
Sem cargos
O pedetista anunciou que sua decisão não foi vinculada à possibilidade de ingressar num eventual governo Lula, caso o petista saia vitorioso no próximo dia 30.
“Não pleiteio e nem aceitarei qualquer cargo num futuro governo”, disse Ciro.
O candidato do PDT foi o quarto candidato mais votado no primeiro turno das eleições 2022, com 3.599.287 votos, equivalente a 3,04% dos votos válidos.
Lula e Jair Bolsonaro obtiveram, respectivamente, 48,43% e 43,20% dos votos válidos. Os dois irão disputar o segundo turno da eleição no dia 30 de outubro.