
Em nota de repúdio, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) denuncia tentativa de criminalização do movimento e violência no campo contra os trabalhadores rurais em Itinga do Maranhão, cidade do interior do estado.
Segundo a nota, no último sábado (3), após uma atividade cívica na comunidade, milicianos armados, que se identificaram como policiais, entraram no acampamento para tentar reter ferramentas de trabalhos e motos. Os trabalhadores rurais reagiram à violência.
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De acordo com o MST, após isso, a comunidade foi acusada de forma caluniosa sobre a queima de pilhas de eucaliptos que foram cortados pela empresa Viena Siderúrgica. O movimento cobra uma investigação séria e exige que a origem do fogo seja apurada.
O MST também destaca que a empresa mantém segurança armada no local e que famílias moradoras do acampamento Marielle Franco são ameaçadas.
Segundo a nota, a comunidade surgiu com a organização de famílias da região, a fim de reivindicar a criação do assentamento numa área grilada pela empresa Viena Siderúrgica que pertence à gleba pública.
O movimento ainda detalha que o acampamento Mariele Franco é uma comunidade com vida e produção no campo. Possui Escola, igrejas, associação, campo de futebol possibilitando espaços de cultura e lazer para as famílias.



Além disso, a comunidade ainda produz e comercializa alimentos, o que contribui na ativação do mercado municipal de Itinga do Maranhão.
Confira nota na íntegra:
Nota de repúdio contra qualquer tipo de criminalização da luta do MST e violência no campo.
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no estado do Maranhão repudia a acusação caluniosa, que o responsabiliza pela queima de pilhas de eucalipto, cortados pela empresa Viena Siderúrgica.
Trata-se de uma empresa que mantém permanentemente segurança armada, ameaçando as famílias moradoras no acampamento Marielle Franco.
O acampamento Marielle Franco surgiu a partir da organização de famílias da região, para reinvindicar a criação do assentamento numa área grilada pela empresa Viena Siderúrgica que pertence a gleba pública.
O acampamento Marielle Franco, é uma comunidade com vida e produção no campo. Possui Escola, igrejas, associação, campo de futebol possibilitando espaços de cultura e lazer para as famílias.
A comunidade é referencia na produção e comercialização de alimentos, contribuiu para a a reativação do mercado municipal de Itinga do Maranhão.
No dia 3 de setembro, houve uma atividade cívica na comunidade, com a participação da secretaria de educação do município de Itinga do Maranhão, lideranças políticas e representantes das escolas do campo da região.
Após essa atividade, milicianos armados, que se identificam como policiais, entraram no acampamento para tentar reter ferramentas de trabalhos e motos, motivo que levou os acampados a se organizarem para retirada dos milicianos do local.
Após este episódio, a empresa Viena Siderúrgica ameaça entrar de forma violenta para derrubar as moradias de aproximadamente 150 famílias que moram na comunidade.
O MST denuncia toda forma de criminalização da sua luta e exige que seja apurado a origem do fogo.
Para nós é evidente que está calúnia passa por uma tentativa de efetivar qualquer tipo de ataque contra as famílias, a fim de despejar-las de uma área que encontra-se num processo jurídico em andamento e o qual evidência fortes indícios de grilagem, por parte da empresa.
O MST denuncia toda forma de violência no campo contra trabalhadores que lutam para garantir seu direito à terra e reafirmamos a necessidade de efetivar as políticas de Reforma Agraria sucateadas pelo governo atual.
Lutar, construir Reforma Agraria Popular!!!!