A Codevasf, conhecida como ‘a estatal do Centrão’ protagoniza mais um episódio de farra com recursos públicos
‘A estatal do Centrão’ protagoniza mais um episódio de farra com recursos públicos. Foto: Reprodução

A Codevasf, conhecida como ‘a estatal do Centrão’ – e que reúne uma série de indicados políticos do senador Roberto Rocha, protagoniza mais um episódio de farra com recursos públicos.

O Estadão revelou que poços artesianos têm sido abertos pelo Governo Federal no Nordeste, mas nunca funcionaram por terem sido feitos de forma descompromissada. O esquema dos poços envolveria pregões e licitações sem concorrência e valores superestimados. Estariam envolvidos os órgãos Codevasf, Dnocs e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

Segundo o Estadão, as licitações para a construção de poços são genéricas. Parte dos editais da administração federal não informa a localidade exata onde o poço deve ser perfurado. Há pregões em que nem o tipo de rocha é especificado: “As licitações têm indícios de “superestimativa” de preço e limitação de concorrência. Uma licitação da Codevasf em Alagoas, de R$ 53 milhões, durou apenas dez minutos”, aponta a reportagem.

A influência política de Rocha na estatal é longa, ele sempre sustentou indicações políticas a cargos de diretoria. Atualmente, ele é responsável pela indicação do diretor da Área de Desenvolvimento e Infraestrutura da estatal Antônio Rosendo Neto Júnior.

Roberto Rocha e seu compadre, o diretor da Área de Desenvolvimento e Infraestrutura da Codevasf
Amanda Diniz, Roberto Rocha e seu compadre, o diretor da Área de Desenvolvimento e Infraestrutura da Codevasf

Além de Rosendo, a filha de Roberto Rocha, Amanda Cristina Diniz Rocha também foi nomeada a um cargo de confiança na estatal. A informação é do Antagonista.

Ainda segundo o Estadão, nos meses de março e abril, a Codevasf recebeu seis ofícios de prefeituras, de associações e de um sindicato com a indicação dos locais onde os poços deveriam ser perfurados.

Além disso, foi observado que os poços instalados pelo Governo Federal não possuem os equipamentos do sistema de abastecimento. Sem bombas, a água não sai do buraco.

Ainda foi observado que os equipamentos instalados são precários, como bombas sem a potência adequada para destinar água até localidades mais altas.

Para piorar, a água potável não chega às casas.

Durante o governo Bolsonaro foram realizados pregões de abertura de poços que somam um total de R$ 1,2 bilhão. Dinheiro que foi embora, mas ninguém viu resultado…