O ministro da Justiça Anderson Torres e Bolsonaro

O ministro da Justiça Anderson Torres será o novo cidadão maranhense a partir desta segunda-feira. O projeto de resolução concedendo o título é de autoria do deputado Glauber Cutrim (PDT). A solenidade acontece no plenário da Assembleia Legislativa às 11 horas da manhã.

Não se tem conhecimento de algum tipo de serviço prestado por Anderson Torres ao Maranhão para justificar a homenagem. Segundo o Regimento Interno da AL, a concessão do título só é permitida a pessoas que “tenham prestado relevantes serviços nas áreas cultural, científica, religiosa, esportiva, política ou de assistência social e desenvolvimento econômico, comprovados mediante currículo, que residam no Maranhão há no mínimo dez anos”.

Como titular da Justiça, Torres é o chefe da Polícia Federal, que na última quarta-feira deflagrou a operação Acesso Pago, que prendeu e fez busca e apreensão em endereços do ex-ministro da educação Milton Ribeiro e dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, suspeitos de montar um gabinete paralelo no MEC e cobrar propina para liberação de verbas do Fundo Nacional da Educação.

A operação da PF teria sido vazada em telefonema do presidente Bolsonaro ao ex-ministro. No dia em que Milton Ribeiro disse à sua filha que o presidente afirmou a ele que tinha um “pressentimento”, de que ele poderia ser alvo da PF, Bolsonaro estava junto do ministro Anderson Torres em viagem aos Estados Unidos.

Cutrim é um dos principais articulares da pré-campanha de Weverton Rocha ao governo do Estado. Em abril deste ano, o senador pedetista retirou assinatura do requerimento para criação da CPI do MEC, a decisão veio após um pedido de Jair Bolsonaro.

Ainda em abril, tentando fugir de polêmicas, Weverton apagou de suas redes sociais um vídeo em que aparece exaltando o pastor Gilmar Santos.

Talvez o suposto vazamento da operação da PF tenha sido o “relevante serviço” prestado por Anderson Torres ao Maranhão