Salvos de enfrentar uma Comissão Parlamentar de Inquérito pelo senador Weverton Rocha (PDT), que retirou sua assinatura do requerimento que criava a CPI, a pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL), para investigar o balcão de negócios no Ministério da Educação comandado pelos pastores Milton Ribeiro (ex-ministro), Gilmar Santos e Arilton Moura. Ribeiro e Gilmar foram presos pela Polícia Federal nesta manhã de quarta-feira (22).
Logo que foi denunciado o esquema de corrupção com recursos do FNDE (Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação) e cobrança de propina até em barra de ouro, o Senado colheu as rubricas necessárias para a instalação da CPI do MEC, mas teve que recuar após Weverton Rocha retirar sua assinatura.
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Weverton ajudou Bolsonaro a livrar seus aliados da investigação, mas logo foi revelado a aproximação e relação de amizade do senador maranhense com os pastores corruptos. Num vídeo que circulou na internet, apagado por conta da repercussão negativa, Weverton exalta os dois religiosos.
“Meus amigos, nós estamos aqui no lançamento da Bíblia de estudos ‘Cura Divina’, do pastor Gilmar Santos, ao lado do deputado Cléber Verde [Republicanos – MA]. O pastor Gilmar, que é maranhense e já está há quase 40 anos em Goiás, já rodou o mundo e todos os estados do Brasil pregando a palavra, e São Luís está tendo a honra hoje de recebê-lo com todos os líderes de sua congregação para participar do lançamento da Bíblia. Obrigado, pastor, e parabéns por mais uma obra que o senhor oferece a toda a sociedade”.
Por conta da lealdade de Weverton ao governo Bolsonaro, os propineiros do MEC se livraram da CPI, mas não escaparam da Justiça.
Do Jorge Vieira–