TSE
O TSE foi questionado a se manifestar sobre motociatas de Bolsonaro com dinheiro público, configurando propaganda eleitoral antecipada. Foto: Reprodução

O Partido dos Trabalhadores (PT) protocolou nesta segunda (25), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mais duas representações por propaganda eleitoral extemporânea em razão de motociatas/comícios promovidas pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. Um dos eventos aconteceu na cidade de Rio Verde em Goiás, na última quarta-feira (20), e o outro em Cuiabá no Mato Grosso, na terça-feira (19). O partido já apresentou representações contra Bolsonaro por motociata no Paraná e em São Paulo.

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Nesta segunda o presidenta também participou de uma motociata em Ribeirão Preto (SP), em pleno horário de expediente. Os passeios de moto, em flagrante campanha antecipada, tem ocorrido com recursos públicos desde o ano passado.

Em uma das representações o PT também pede a responsabilização do deputado federal Major Vitor Hugo (PL-GO), por ter assumido rede social e divulgado em veículos de comunicação o evento. E a outra, a implicação do deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).

Os advogados Cristiano Zanin e Eugênio Aragão, que assinam as representações, argumentam em uma das peças jurídicas que: “Não há dúvida a respeito do caráter eleitoral do evento, bem como do pronunciamento do representado na ocasião. A realização de carreata e “motociata”, com a participação do pré-candidato e difundida nas redes sociais, configura, por si só, ato de propaganda antecipada eleitoral, não permitida pela legislação eleitoral brasileira, não exigindo pedido explícito de votos para tanto. Tal foi a ostensividade do ato de campanha praticado pelo representado que a própria imprensa destacou expressamente o caráter eleitoral do evento”.

PT pede multa ao TSE

As representações pedem a condenação de Bolsonaro e dos dois deputados federais ao pagamento de multa, no valor máximo previsto em lei, dada a promoção de motociata, carreata e comício, com pedido de voto, a configurar campanha eleitoral antecipada.