Na última sexta-feira, o prefeito de São Luís, Eduardo Braide, teria acionado a polícia para encerrar uma roda de tambor de crioula que acontecia dentro do Mercado das Tulhas. Com tal atitude, Braide mostra-se um verdadeiro perseguidor dos agentes culturais da cidade, já tão desvalorizados em sua gestão.
LEIA: Camarão defende manifestantes e detona Braide: “Inadmissível!”
Mentira tem perna curta!
Por Ana Raquel Farias*
Na sexta-feira (22), de acordo com os artistas presentes no local, a SEMAPA proibiu a execução de uma das maiores manifestações culturais do Maranhão dentro de um dos principais pontos turísticos de São Luís. Artistas foram expulsos do Mercado das Tulhas, que historicamente é ocupado com os tambores da ilha de São Luís.
Após o acontecido, a Secult publicou nota sem esclarecer o motivo pelo qual o tambor foi proibido, sem nenhuma explicação sobre a ação da prefeitura. A nota tinha um único e especial objetivo: defender Eduardo Braide das acusações infundadas de oportunistas que apenas queriam atrapalhar o trabalho realizado pelo prefeito. Muito parecido com o modus operandi dos bolsonaristas, que preferem atacar quem acusa de forma muito pessoal, em vez de se responsabilizar pelo que de fato importa, que é o modo como a gestão municipal vem agindo desde que assumiu a Prefeitura.
Vale lembrar que há alguns dias a assembleia municipal de cultura teve que ser cancelada pois o secretário de cultura – que era presidente da mesa – não compareceu.
A nota listou ainda os feitos do prefeito – que pasmem – era garantir que as verbas federais da Lei Aldir Blanc fossem destinadas aos artistas. De acordo com seus defensores, o tambor foi proibido pois a feira não tem licença para estar liberada para esse tipo de coisa. Se a feira está oferecendo algum risco pra população porque está em pleno funcionamento? Outra incompetência do prefeito mais preparado dessa cidade?
Produtora Cultural, Arte Educadora e dirigente do DCE da Universidade Federal.*