Senador tenta minimizar bolsonarismo latente à micuinha provinciana
Senador tenta minimizar bolsonarismo latente à micuinha provinciana. Foto: ilustração

A fama de bolsonarista do senador Weverton Rocha (PDT-MA), nova no Maranhão, corre há tempos nos corredores e nas rodinhas do poder em Brasília. Tanto que esta semana, no podcast da revista Piauí – uma publicação que pertence ao Grupo Folha -, a jornalista Thais Bilenky classificou Weverton como “perfeitamente bolsonarista”.

Bilenky, que apresenta o podcast acompanhada dos jornalistas Fernando de Barros e Silva e José Roberto de Toledo, descreve Weverton como “um senador que trocou o Lula pelo Bolsonaro” para disputar a eleição contra Carlos Brandão (PSB), candidato indicado por Flávio Dino (PSB).

Ainda segundo a jornalista, com a ascensão dos Bolsonaro ao poder, Weverton entrou no círculo de Flávio Bolsonaro e do bolsonarismo em Brasília. “No Maranhão ele não é declaradamente Bolsonaro, mas em Brasília ele é perfeitamente bolsonarista”, disse.

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No programa, os jornalistas comentam o tráfico de influência e crime fiscal no Ministério da Educação (MEC) e favorecimento ilícito na Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) – estatal entregue por Bolsonaro ao Centrão, que tem em Weverton um dos membros de maior ascensão do grupo.

Bilenky conta que Weverton Rocha é próximo do pastor Gilmar Moura, que era o chefe do esquema de corrupção no MEC, que derrubou o ministro, e lembra que o pedetista foi um dos três senadores que retirou assinatura da CPI para impedir as investigações dos pastores lobistas.

A jornalista cita ainda o caso Engefort – empresa campeã de licitações na Codevast, que tem sede em Imperatriz, cujo prefeito é aliado de primeira hora de Weverton – e faz uma revelação curiosa: Imperatriz recebeu quase 14 vezes mais emendas que São Luís. Somente em 2021 foram R$ 14 milhões contra R$ 1,5 milhão.

Dono de uma poderosa rede de comunicação no Maranhão, composta por rádios, TVs e blogs, Weverton está armado para atacar quem o taxa como bolsonarista. Mas em Brasília, faz arminha.

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