Em maio de 2015 o noticiário maranhense foi ocupado com a notícia bombástica que um cheque no valor de R$ 120 mil pertencente ao ex-vereador por São Luís, Roberto Coelho Rocha Junior, – filho do senador Roberto Rocha (PTB) – foi encontrado no cofre de Josival Cavalcante da Silva, o Pacovan – investigado por agiotagem.
A descoberta veio no bojo das Operações “Maharaja” e “Morta-Viva” desencadeada pela Polícia Civil e Grupo de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco).
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Passado quase sete anos após o episódio, Roberto Rocha volta ao noticiário ao lado de Pacovan. O Supremo Tribunal Federal (STF) mandou a Polícia Federal investigar o senador que está sob suspeita de desviar emendas parlamentares destinadas à Saúde.
Segundo a investigação conduzida pela Procuradoria-Geral da República, Pacovan enviou imagens onde aparecem, entre outras, uma tabela identificada como “Roberto Rocha” e os nomes de “Magla”, “Bela Vista” e “Milagres do MA”; ao lado de valores que somam R$ 980 mil e uma única data (4/11/2019) em todas as situações.
Através de nota de sua assessoria de imprensa, Rocha diz que só conhece Pacovan, como “um empresário do Maranhão, com quem não tem nem jamais teve qualquer relação comercial”. Não é o caso do filho.
No episódio do 2015, Roberto Rocha Júnior pediu ao Tribunal de Justiça do Maranhão a restituição do cheque apreendido – alegou que o documento foi parte de uma transação para a compra de um apartamento.
Até hoje não se sabe, realmente, o que resultou dos negócios do filho do senador com Pacovan. A única certeza é que Roberto Rocha deve uma explicação ao povo do Maranhão. Alías, agora, deve duas.