Professores de São Luís entram em greve e denunciam descaso de Braide com a educação
Professores de São Luís entram em greve e denunciam descaso de Braide com a educação. foto: REPRODUÇÃO

Os professores da rede pública de ensino de São Luís entraram em greve na manhã desta segunda-feira (18). A categoria denuncia o descaso do prefeito Eduardo Braide com a educação municipal e escancara a verdadeira realidade das escolas da capital.

De acordo com a presidente da Sindeducação, Sheila Bordalo, somente metade das unidades escolares da rede de ensino público da cidade foram reformadas, as aulas iniciaram sem transporte na zona rural, a alimentação escolar carece de qualidade e os alunos, até hoje, não receberam os chips e tablets prometidos pela prefeitura.

“O 14º salário, progressões e precatórios do Fundef são direitos previstos por lei. Braide não diz que enviou projeto de lei atualizando a tabela para somente 889 profissionais da rede. Hoje, somos mais de 8 mil”, denuncia a presidente do Sindeducação em vídeo.

Uma propaganda da gestão de Braide, custeada com dinheiro público, acusa os professores de mentir para a população e mostra uma realidade que só existe na gestão photoshop de Braide. “Mas a realidade é a maior aliada da categoria”, defende a professora Ana Paula Martins.

O prefeito de São Luís ainda nega a atualização da tabela salarial para toda a categoria em 36,56% e defende um reajuste de apenas 5%, dificultando a negociação com os professores.

Além da propaganda com ataques aos professores, Braide apelou ao Poder Judiciário para tentar barrar a greve. Na semana passada, atendendo pedido da PGM (Procuradoria-Geral do Município), a desembargador Maria Francisca Galiza, das Segundas Câmaras Cíveis Reunidas do Tribunal de Justiça do Maranhão, decretou a ilegalidade do movimento e determinou multa por descumprimento da decisão de 50 mil, por dia.

Apesar da ordem judicial pela suspensão da greve, o sindicato manteve o movimento.

Na semana passada, o juiz Douglas de Melo Martins, da Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís, determinou ao município matricular estudantes na rede municipal de ensino, no prazo de 72 horas, dando preferência às mais próximas e de modo a evitar prejuízo à vida escolar dos alunos.