As ausências do presidente da Câmara Osmar Filho (PDT) e do líder do governo Raimundo Penha da fatídica sessão de quarta-feira, 13 – onde até de demônio o prefeito foi chamado – foram em retaliação à demora de Eduardo Braide em declarar apoio à Weverton, no propósito de ocupar a qualquer custo o Palácio dos Leões.
Diante da iminente falência múltipla da candidatura ao governo em consequência da perda das insubstituíveis bases de sustentação eleitoral, o PDT cobra com urgência o pagamento da fatura pelos serviços de apoio prestados no segundo turno das eleições municipais de 2020.
A expectativa é que a aplicação imediata de sangue novo reanime a moral da tropa e, embora as chances não sejam grandes, evite o desastre de Weverton ter que colocar a língua no saco antes do final da eleição, marcado para o dia 30 de outubro. Caso o saldo de votos do 1o colocado não garanta a vitória ainda na etapa inicial.
O problema de pressionar pela ausência, prática comum a essa espécie de agiotagem eleitoreira, é que atinge muito mais a população do que o prefeito; no caso do imbróglio acontecer em meio a situações que envolvem o direto à vida.
Penha diz na Mirante que apoio à candidatura Weverton foi acordado no 2º turno das eleições 2020
Em nome do Weverton, do Weverton e do Weverton Rocha, Amém
Ao assumir a liderança no dia 5 de março, Raimundo Penha admite em entrevista à TV Mirante o viés político por trás da sua indicação.
Diz que ela é parte de um processo de aliança em prol à candidatura de Weverton, iniciado ainda no segundo turno das eleições municipais, com o apoio do PDT à candidatura Braide.
“Nós fizemos uma escolha de um prefeito para governar a cidade por 4 anos. Não é algo que de manhã, você junta, e de tarde, você separa”, filosofa, todo sorridente frente às câmeras
A repercussão instantânea nas redes sociais da reportagem veiculada em rede nacional na terça-feira,12, pela TV Globo, sobre o abandono da saúde pública em São Luís, torna evidente que as ausências de Osmar Filho e Raimundo Penha foram intencionais e atendiam algum propósito.
Com os depoimentos de internos e familiares e as imagens degradantes do lixo hospitalar acumulado ao lado dos ‘quartos’ e do esgoto a céu aberto correndo abaixo das janelas do Socorrão II; não era preciso ter bola de cristal para prevê que Eduardo Braide seria escorraçado na sessão da manhã seguinte, quarta feira.
Se, apesar do embate anunciado, o presidente e o líder do governo não compareceram ao plenário, no mínimo, para evitar os excessos e defender o prefeito, é o de menos. Pouco me importa o que o traído diz do traidor, se o protetor deixou o protegido entregue às cobras.
Ao se ausentarem da sessão, Osmar e Penha se ausentaram na verdade foi da defesa dos interesses da população. Um descaso, de acordo com à gravidade de um problema que ‘só’ atinge a população que não pode pagar plano de saúde e depende do serviço público.
Vereador diz que Braid se transformou em um verdadeiro satanás
A sessão do dia 13 se transformou em uma espécie de descarrego
Bastante indignado, o vereador Umbelino Júnior (PL), chegou a dizer que o prefeito era o próprio satanás. (a sessão completa você no final da matéria)
Presidente da Comissão de Saúde, ele disse que se arrependimento matasse, ele estaria morto, por ter votado e pedido voto a um homem que parece um Satanás.
“O diabo foi um dos anjos mais belo da criação do nosso Deus. Era muito bonito, mas a gente sabe como é que foi o fim dele, como é que ele desceu.
A tua maquete foi linda Braid, mas tu te transformas-te em um verdadeiro Satanás”.
A gestão Braide que já vinha enfrentando as crises nas áreas do transporte e da educação, com as greves de motoristas de ônibus e dos professores da rede municipal de ensino, entrou em colapso com a denúncia de abandono também na área da saúde.
O correto exercício dos papéis de presidente do poder Legislativo e de líder do governo é fundamental para a superação da crise e correção de eixo na gestão municipal. Através do diálogo, quando possível.
No entanto, desgraça pouca é bobagem.
Enquanto o estado de calamidade sanitária do Socorrão ameaça a vida de quem procura escapar da morte, o prefeito administra a cidade fazendo pose, o líder do governo prefere distribuir peixe e o presidente da casa, não se tem notícia.
Foi preciso que uma emissora de TV dissesse que o Rei estava Nú!