Artistas transformam Lollapalooza em um dos maiores atos de protesto contra Bolsonaro no País
Artistas transformam Lollapalooza em um dos maiores atos de protesto contra Bolsonaro no País. Foto: Reprodução

O tiro saiu pela culatra. A tentativa do PL, partido do (não é de) Bolsonaro, em amordaçar a livre manifestação dos artistas, transformou o encerramento do festival Lollapalooza, neste domingo (27) em São Paulo, em um grande ato público contra a censura, o fascismo e, principalmente., contra o próprio Bolsonaro a quem o PL pretendia proteger.

“O presidente quer te exterminar”, foi logo avisando Fresno ao abrir a tarde/noite de encerramento do Lollapalooza.

Daí em diante, o evento, um dos maiores festivais de música do mundo, se transformou em um palco de protestos contra o presidente Jair Bolsonaro.

A reação uníssona de público, artistas e da própria organização do festival foi motivada pelo pedido de censura do partido do (não é de) Bolsonaro acatado pelo ministro Raul Araújo, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Em decisão monocrática, o magistrado proibiu manifestações políticas durante os shows do Lollapalooza. Araújo considerou propaganda eleitoral antecipada as manifestações dos artistas que se apresentaram na sexta-feira. Especialmente a da maranhense Pabllo Vittar, que desceu para a plateia e pegou uma toalha com a imagem de Lula antes de deixar o palco.

Paulo Vittar, a toalha que meteu raiva em Bolsonaro

O que seria mais uma manifestação de artista pró-Lula e contra Bolsonaro, com o já costumeiro “vai tomar no cu”, ganhou dimensão gigantesca com a que se presenciou nas redes sociais desde o sábado. E que ganhou corpo com milhares de vozes neste domingo.

Antes mesmo de começar a apresentação da banda Fresno, o imenso telão armado em cima do palco para reproduzir as imagens dos shows, mostrou uma mensagem gigantesca; Fora Bolsonaro, que se repetiu durante o espetáculo do Fresno.

Antes de encerrar sua apresentação, a banda chamou ao palco Lulu Santos. Sob aplausos o veterano ‘roqueiro pop’ citou a ministra do STF, Cármem Lúcia, em um recado direto a setores do judiciário que comungam com as arbitrariedades bolsonaristas.

“Como já disse Cármen Lúcia. Cala boca já morreu, quem manda na minha boca sou eu!”.

Em seguida foi a vez dos rappers.  Com a morte de Taylor Hawkins, baterista do Foo Fighters, banda norte-americana que encerraria a festa, os músicos do morro ocuparam a função.  

Grande encontro, reuniu Emicida, Drik Barbosa, Mano Braw, Ice Blue, Raek, Bivolt, Djonga, BNegão E Marcelo D2.

Não deu outra.

“Pode multar, vai…Pode multar”, meteu bronca o Emicida.

“Vocês matam em nome de Deus, bando de Bolsonaro”, emendou Drik Barbosa.

D2 e o Planet Hemp encerram o festival com protestos ainda mais explícitos contra o presidente Bolsonaro.

Logo que pisou no palco, o astro do hip hop foi logo chamando o presidente de “filho da puta”.

Antes do início do Lollapalooza, a cantora Anita mandou um recado nas redes sociais que pagaria qualquer multa que fosse aplicada pela Justiça contra os artistas que se manifestassem politicamente no evento.

Foi pau de dar em doido.

https://twitter.com/AcessoGG/status/1508237729171181578
https://twitter.com/delucca/status/1508251098343256064
https://twitter.com/arthurmarmitt/status/1508094932879396866