Em entrevista à rádio Timbira, o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Marcelo Brito, confirmou que o sistema de transporte coletivo voltará a ser paralisado na próxima quinta-feira (03). Mesmo com o aumento das tarifas de ônibus autorizado pelo prefeito Eduardo Braide, os empresários afirmam que não tem condições de conceder reajuste de salário à categoria.
A decisão pela nova paralisação foi tomada após o fracasso nas audiências realizadas, na semana passada, no Ministério Público do Trabalho (MPT/MA). No total, em duas greves dos rodoviários, os empresários garantiram repasse de quase R$ 30 milhões dos cofres públicos, sendo que nenhum aumento foi concedido aos rodoviários.
Com o aumento de passagens em 20 centavos, a Prefeitura de São Luís disse que irá reduzir o repasse para os empresários de R$ 4 milhões para R$ 1,5 milhão por mês, a título de auxílio emergencial. Os empresários, mesmo como o aumento de passagens, querem que a Prefeitura mantenha o repasse mensal de R$ 4 milhões.
“Nós queremos que eles nos paguem os atrasados e que respeitem a nossa data base. Nós vamos parar na próxima quinta-feira. Espero que não tenha determinação para que eu seja preso. A categoria não aguenta mais essa situação de salários e benefícios atrasados”, disse o presidente do Sindicato. Ele acrescenta que haverá uma reunião na quarta-feira (02) para definir as ações de paralisação de todo o sistema.
Os rodoviários esperam, ainda, que o prefeito Eduardo Braide sancione a lei, aprovada na Câmara Municipal, que proíbe o acúmulo de função no sistema. Com a demissão de quase metade dos cobradores, motoristas passaram a exercer dupla função e recebendo, por isso, uma gratificação irrisória. Com a sanção da lei, empresários terão que voltar a contratar cobradores.
Uma das propostas feitas pelos empresários, como condição para conceder algum aumento à categoria, era demitir o restante dos cobradores. A proposta foi imediatamente rejeitada.
Com informações do blog agência de notícias