Josimar
Segundo a Polícia Federal, Josimar cometeu crimes de peculato, lavagem de dinheiro e de organização criminosa. Conclusão do inquérito foi enviado ao STF. Foto: Reprodução

O deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL-MA), e virtual candidato ao Governo do Maranhão, fez uma confissão chocante nesta segunda-feira (14) em entrevista à TV Mirante. Segundo o congressista, o presidente Jair Bolsonaro (PL) não ajudou o Maranhão devido a diferenças ideológicas com o governador Flávio Dino (PSB).

“Quero muito que o governo federal possa atuar melhor no Maranhão. Acredito que não tenha atuado tão bem por conta dessa antipatia do governador Flávio Dino a pessoa do presidente Jair Bolsonaro”, disse.

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A afirmação do parlamentar confirma uma sabotagem a um estado da Federação feita pelo Presidente da República. Revela também que Bolsonaro coloca seus projetos pessoais a frente do interesses da população. E que, para complicar a vida de gestores dos quais o presidente não gosta, Bolsonaro está disposto mesmo a sabotar o interesse de um estado inteiro.

Para além das funções que encontramos na Constituição, o Presidente da República também carrega uma grande relevância simbólica. É importante lembrar: é o líder máximo do Estado brasileiro, eleito diretamente pelo povo. E deveria governar para todos, o que não tem feito.

O deputado Josimar deveria ter feito uma autocrítica em relação à sabotagem do Governo Federal em relação aos interesses do Maranhão. Ao não fazê-lo, acabou por chancelar que o presidente pode governar apenas para seus parceiros, desprezando a população maranhense que não tem nada a ver com intrigas políticas menores.

Josimar investigado

A Polícia Federal concluiu em dezembro de 2021 ter provas de que o deputado Josimar de Maranhãozinho (PL-MA) cometeu os crimes de peculato, lavagem de dinheiro e de organização criminosa. Os resultados da investigação foram enviados ainda no passado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e estão em sigilo.

Maranhãozinho foi alvo de uma operação da PF em 1 de dezembro em que os policiais apuravam supostos desvios de emendas parlamentares destinas à Saúde no Maranhão.

Com a conclusão do inquérito pela PF, o ministro Ricardo Lewandowski deve encaminhar a investigação para a PGR (Procuradoria-Geral da República) avaliar se há elementos para denunciar o deputado ou se é o caso de pedir novas diligências ou arquivar a apuração.

Em resposta às denúncias o deputado alega que é vítima de perseguição política e que está à disposição para esclarecimentos da justiça.