Bolsonaro e Filipe Barros
A PF concluiu inquérito apontando que Bolsonaro e o deputado Filipe Barros (PSL-RJ) cometeram crime ao divulgar numa live dados de investigação sigilosa para atacar o processo eleitoral e as urnas eletrônicas. Foto: Reprodução

Polícia Federal concluiu inquérito e apontou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) cometeu crime de violação de sigilo funcional ao divulgar o conteúdo de um inquérito sigiloso a respeito do ataque hacker aos sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em uma live realizada por ele em agosto do ano passado, para tentar desacreditar o sistema de votação em urna eletrônica.

Na comunicação ao tribunal, a PF também disse que o fato de Bolsonaro não ter ido ao depoimento sobre o inquérito na semana passada não impediu a análise do caso.

O depoimento foi uma ordem do ministro Alexandre de Moraes. Ao deixar de ir, Bolsonaro disse que estava exercendo seu “direito de ausência” e que o tribunal ainda não definiu como deve ser tomado o depoimento de um presidente: se presencialmente ou por escrito.

A investigação analisa uma live do presidente nas redes sociais, em 2021. Na ocasião, Bolsonaro, que estava acompanhado do deputado federal Filipe Barros (PSL-PR), mencionou dados sigilosos de uma apuração da PF sobre ataques virtuais ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Barros também foi apontado como partícipe do crime de violação de sigilo funcional.