O PT decidiu apoiar Carlos Brandão (PSDB), vice-governador escolhido por Flávio Dino (PSB) para sua sucessão no Maranhão. Brandão deixará o PSDB e se filiará ao partido do governador.
A decisão do PT foi respaldada pelo diretório nacional, em movimentação que pode favorecer a construção de uma federação entre as siglas e também a formação de uma chapa com Lula (PT) e Geraldo Alckmin (que ainda não decidiu seu futuro partido, mas é próximo do PSB).
A aproximação tem travado na negociação de candidaturas nos Estados em 2022 e também nos municípios em 2024.
A base de Dino no Maranhão rachou após reunião nesta segunda-feira (31) na qual o governador oficializou o apoio a Brandão.
O senador Weverton Rocha (PDT) comunicou, em resposta, que se lançaria candidato mesmo sem o apoio de Dino. O secretário Simplício Araújo (Solidariedade) fez o mesmo.
Pouco após o encontro, o pedetista disse que Dino escolheu um sucessor de direita.
“Nada contra o doutor Carlos Brandão. Acontece que temos pensamentos diferentes. Somos de campos diferentes”, disse Weverton em entrevista coletiva.
“Esse campo é o que nos identifica. Eu, Dino e Lula. Todos sabem que sempre estivemos do mesmo lado, sempre tivemos as mesmas causas. E ele [Brandão], claro, que não é desse mesmo lado. Não adianta agora ele mudar de partido e agora virar progressista”, completou.
Weverton é próximo de Lula e também brigará para ter seu apoio no Estado, ainda que o PDT tenha candidato presidencial, Ciro Gomes. Nas redes sociais, o senador tem se colocado como “o melhor amigo de Lula no Maranhão”.
Por Fábio Zanini, da Folhapress — São Paulo*