Passaporte da vacina melhora economia, evita internações e mortes em hospitais da Europa, diz estudo
Estudo publicado nesta terça-feira pelos pesquisadores do centro Bruegel de análise e pesquisa e do Conselho Francês de Análise Econômica concluiu que os países europeus que adotaram o passaporte da vacina aumentaram a adesão à vacinação e melhoraram o desempenho da saúde pública e da economia.
O resultado da pesquisa corrobora com o Projeto de Lei apresentado pelo presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto (PCdoB), que condiciona o acesso a bares, restaurantes, hotéis, academias e eventos de toda natureza à comprovação da aplicação das duas doses da vacina contra Covid. A proposta do deputado, que só começará a tramitar com o fim do recesso parlamentar dia 1o de fevereiro, tem como objetivo proteger não só a população, mas, também, a atividade econômica.
“Esse é o objetivo do projeto, proteger as pessoas e, também, a economia. Se nós não adotarmos iniciativas como essa e a rede hospitalar continuar sendo pressionada de forma crescente, medidas mais proibitivas acabarão se impondo, o que será prejudicial para a atividade econômica e para a vida das pessoas” afirma Othelino Neto.
Matéria do Financial Times, publicada pelo jornal Valor, ressalta que os certificados também contribuíram para evitar milhares de internações e mortes em hospitais, reduziram a taxa de ocupação das unidades de terapia intensiva na França e ajudaram a evitar novos lockdowns. De acordo com o estudo, a exigência dos certificados de vacinação na França, Alemanha e Itália aumentou a taxa de vacinação em 13, 6,2 e 9,7 pontos percentuais, respectivamente.
Os pesquisadores também concluíram que, sem essas intervenções de política pública, “no fim de 2021 o Produto Interno Bruto (PIB) da França, Alemanha e Itália teria sido 6 bilhões de euros, 1,4 bilhão de euros e 2,1 bilhões de euros inferior, respectivamente”, diz a reportagem, assinada por Donato Paolo Mancini.