Vários municípios maranhenses foram afetados pelas fortes chuvas nas últimas semanas. Por conta disso, equipes do Corpo de Bombeiros do Maranhão (CBMMA) foram disponibilizadas para atender os municípios diante da situação emergencial.
O Diário 98 entrevista Major Lisboa, comandante do Batalhão de Bombeiros Marítimos (BBMar), que comentou as ações coordenadas do Governo estadual e a corporação. Em sua fala, o Major explicou que há um monitoramento das áreas de enchentes no estado e que há um planejamento integrado com as coordenadorias municipais de Defesa Civil.
Há equipes do Corpo de Bombeiros em seis municípios maranhenses que já decretaram situação de emergência. São eles: Mirador, Grajaú, Barra do Corda, Jatobá, Paraibano e Formosa da Serra Negra. Ao todo, 695 famílias estão entre os desabrigados e desalojados.
De acordo com a corporação, uma sala de situação é mantida pelo CBMMA para monitorar as informações meteorológicas e gerenciar a operação de auxílio aos municípios.
A previsão do volume chuvas para o estado é alta, em menos de uma semana os municípios afetados por enchentes cresceram de forma expoente. Quais ações estão sendo articuladas em conjunto com o governo do Maranhão para atender às vítimas? Há um planejamento?
Nós estamos vivendo um período intenso de chuvas aqui no Estado, período que iniciou logo agora no mês de janeiro. No final do mês de dezembro, a gente já registrou uma quantidade de chuvas bem crescente, bem forte e com isso, nós já realizamos nosso planejamento integrado com as coordenadorias municipais de Defesa Civil.
Os agentes das prefeituras e dos bombeiros militares estão distribuídos estrategicamente em diversos batalhões e unidades operacionais do Maranhão. O nosso planejamento é acionar toda essa rede integrada, sobretudo naquelas cidades onde estamos registrando os maiores prejuízos, e mobilizar as equipes para reforçar e consequentemente fornecer resposta à população para que a normalidade seja restabelecida o mais rápido possível.
Qual a estimativa de pessoas que já foram atendidas nas ações conjuntas do governo do MA e do Corpo de Bombeiros neste período? Qual o suporte oferecido às vítimas?
De acordo com o nosso Sistema Integrado de Informações de desastres, o sistema nacional que é alimentado por diversas cidades, nós temos o registro aí de 695 famílias entre desabrigados e desalojados. Obviamente, nós temos um número ainda maior de pessoas afetadas, ou seja, que já tiveram a sua rotina alterada de alguma forma pelos eventos adversos e desastres que têm acontecido.
Atualmente há quantos equipes atuando nas enchentes no Maranhão? As equipes são interdisciplinares?
Além de nossas equipes operacionais estabelecidas em 19 unidades distribuídas pelo nosso estado, nós temos também equipes já estão sendo mobilizadas. Em Mirador, por exemplo, nós já temos quatro equipes atuando e já temos também outras equipes prontas para viajar e reforçar o trabalho não só em Mirador, mas também em outros municípios que estamos recebendo algumas solicitações.
Em dezembro, o Maranhão enviou uma equipe de bombeiros à Bahia para auxiliar no atendimento e resgate a vítimas das enchentes. Qual o balanço da Força tarefa?
A nossa equipe enviada para auxiliar a Bahia foi motivada pela solicitação do governador Rui Costa, correspondida prontamente pelo governador Flávio Dino.
É muito importante esse auxílio, até porque a Defesa Civil ela é uma rede integrada nacional. Nós temos a Defesa Civil Nacional, a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil e temos também as coordenadorias municipais de Defesa Civil. Então, em um dos pontos em que há registrado um acidente um desastre e que precisamos de intervenção, é importante que as referências estaduais, as referências também municipais ofereçam e de fato empreguem auxílio e emprego de ajuda. Tudo isso é importante para que a gente possa o mais rápido possível ajudar as pessoas que estão numa situação de perigo.