O relatório final da MP repleto de “jabutis” atende aos interesses do presidente Bolsonaro e do ministro Paulo Guedes. Foto: Reprodução

Uma série de denúncias apontam que Paulo Guedes, ministro da Economia da gestão de Bolsonaro, pode ter lucrado R$ 14 milhões com a valorização do dólar, durante o seu mandato à frente da pasta. A informação é do Metropoles.

Caso Guedes tenha realizado investimentos internacionais por meio de sua empresa enquanto já ocupava o cargo, cometeu crime. A Lei de Conflito de Interesses proíbe esse tipo de comportamento.

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Em 2014, de acordo com dados divulgados pelo Pandora Papers, a offshore Dreadnought International, que Guedes mantém nas Ilhas Virgens Britânicas, paraíso fiscal no Caribe, tinha US$ 9,55 milhões. Quando foi nomeado ministro de Bolsonaro, o valor correspondia a R$ 37 milhões, na época a cotação do dólar era de R$ 3,85.

Atualmente, a cotação é de R$ 5,37 por unidade do dólar. Dessa forma, o valor detido pela Dreagnought vale R$ 51,3 milhões.

Paulo Guedes comanda o ministério que coordena ações que impactam de forma direta na cotação do dólar em reais. Além dele, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também foi proprietário de offshores em paraísos fiscais.

Após as revelações, o deputado federal (PSB-RJ), líder da oposição na Câmara, anunciou que irá apresentar uma ação de improbidade contra Guedes e o presidente do Banco Central no Ministério Público Federal (MPF).