Investigada pela CPI da Covid, a Prevent Senior teria ocultado mortes de pacientes que participaram — sem conhecimento — de um estudo realizado para testar a eficácia da hidroxicloroquina, associada à azitromicina, contra a Covid, diz a Globo News, que teve acesso a um dossiê entregue à comissão.

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Segundo a emissora, o documento reúne uma série de denúncias de irregularidades, apontadas por médicos e ex-médicos da operadora.

O dossiê informa que a disseminação da cloroquina e outras medicações foi resultado de um acordo entre o governo Bolsonaro, defensor do uso medicamento desde o início da pandemia, e a Prevent.

Segundo a reportagem, 9 pacientes morreram durante a pesquisa, mas os autores só mencionaram 2 delas.

Em nota, a operadora negou as denúncias e informou que está tomando medidas para investigar quem, segundo a empresa, “está tentando desgastar a imagem da Prevent Senior”.

A CPI ouviria hoje Pedro Benedito Batista Junior, ex diretor-executivo da operadora, mas ele informou que não vai comparecer.

“Até então, nós imaginávamos que o único aspecto de crime de lesa humanidade que tinha ocorrido era o de Manaus. Este já está caracterizado e será levado ao Tribunal Penal Internacional. Até o caso Prevent Senior, era só este o caso que nós tínhamos. Com o caso da Prevent Senior, os tipos e a extensão do crime de lesa humanidade é extendido para outros agentes”, comentou nesta quinta-feira (16) o senador Randolfe Rodrigues.