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O ex-presidente Lula esteve no Maranhão a convite do governador Flávio Dino. Durante dois dias, Lula cumpriu agenda e realizou reuniões com as principais lideranças do estado. Em um encontro com membros do Partido dos Trabalhadores no Maranhão e movimentos sociais, na Federação Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Maranhão (FETAEMA), o ex-presidente esclareceu que “farei todo esforço para que os segmentos de oposição estejam juntos”.

O filho de Dona Lindu chegou à Ilha do Amor na noite da última quarta-feira (18), foi recebido no aeroporto pelo governador do Maranhão, Flávio Dino, deputados e lideranças políticas do estado. Ainda no aeroporto, Lula foi ovacionado pelos maranhenses. Após isso, participou de um jantar no Palácio dos Leões e conversou com vários pré-candidatos ao governo do Maranhão,

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Em continuidade à programação, na manhã de quinta-feira (19), Lula visitou a obra do Hospital da Ilha, em São Luís. Na ocasião, destacou o trabalho de Flávio Dino no enfrentamento à Covid-19 e ainda elogiou a organização quanto ao processo de vacinação no estado. “O que vocês estão fazendo no Maranhão é uma lição de moral no Governo Federal”, enalteceu Lula.

Logo em seguida, o ex-presidente teve encontro com lideranças indígenas na Reserva do Itapiracó. Na reunião, foi assinado o projeto de lei do Estatuto Estadual dos Povos Indígenas no Maranhão.

Ainda na quarta-feira, o ex-presidente foi à inauguração do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão no Tamancão. Mais uma vez, Lula enalteceu os feitos de Flávio Dino no Maranhão. “É um dos mais competentes governadores que conheci neste país, é um dos políticos mais hábil e uma das pessoas mais comprometidas com o povo deste país”, elogiou Lula.

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Para finalizar a quinta-feira, Lula jantou com o ex-presidente José Sarney, a ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney, o ex-senador Lobão e o ex-senador João Alberto. Em uma coletiva de imprensa realizada nesta sexta na FATAEMA, ao ser questionado sobre o jantar, Lula disse que o encontro foi extraordinário e agradeceu a amizade de longas datas.

Nesta sexta, reuniu-se com membros do Partido dos Trabalhadores no Maranhão e movimentos sociais, na Federação Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Maranhão (FETAEMA), falou a todos sobre a importância de refletir sobre a atual conjuntura política do Brasil.

“Nunca acreditei que depois da Constituição de 88, a gente fosse ter uma situação de anomalia democrática como a que existe no país. Há mentiras que foram inventadas para afastar a ex-presidente Dilma e passar a ideia que o PT destruiu o país. Eles queriam evitar que as políticas de inclusão social no país continuassem a acontecer”, pontuou Lula.

Após isso, Lula falou à imprensa através de uma coletiva e tratou sobre as alianças políticas, sobre às eleições de 2022 e as instituições democráticas. Ainda reafirmou seu compromisso com o povo e com as conquistas sociais do seu governo.

Alianças políticas

Quanto às alianças políticas, Lula deixou claro que sempre teve uma boa relação com o senador Weverton Rocha (PDT) e com o govenador Flávio Dino (PSB). “Em uma viagem você não define aliança política, é preciso respeitar os partidos e as relações existentes”, disse.

Ainda em sua fala, destacou a importância da união em todo campo progressista e ainda declarou que sai do Maranhão sem nenhum acordo firmado. “Todos nós sabemos a necessidade de manter os setores progressistas unidos. Todos nós temos a certeza que é preciso construir uma frente ampla para governar o país”, afirmou Lula.

Governabilidade

Lula falou sobre a importância de pensar no poder Legislativo e suas impressões. “Vamos ter que fazer um esforço incomensurável para que a gente tenha metade dos senadores e deputados progressistas e assim recuperar a governabilidade”, apontou.

“Bolsonaro é um ingovernável”, expressou Lula

Centrão e Bolsonaro

Ao ser questionado sobre a aproximação do “Centrão” com Bolsonaro, Lula é taxativo, “Eles se juntaram para tentar salvar o Bolsonaro, mas nem o Centrão vai salvá-lo. Ele é ingovernável, não ouve as pessoas”, destacou.

O ex-presidente prosseguiu sua fala dizendo que até junho do ano de 2022, os partidos do “Centrão” estarão longe do governo Bolsonaro, ou seja, “pulado do barco”.

Fome

Lula ainda falou sobre a questão da fome no Brasil, já que neste ano o número de famílias em extrema pobreza cadastradas no CadÚnico superou a casa de 14 milhões. “Precisamos fazer, efetivamente, que o dinheiro chegue a mão do povo e assim, compre da mão do pequeno produtor”, declarou.