A revista Veja desta semana publicou uma entrevista com o deputado Marcelo Freixo. O pré-candidato ao governo do estado do Rio de Janeiro falou sobre a saída do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), a ida para o Partido Socialista Brasileiro (PSB) e sobre a articulação da esquerda para 2022.
Na entrevista, Freixo ainda esclarece que é pela legenda que afirma ser pré-candidato ao governo do estado nas eleições de 2022 e que a migração de partido possibilitará alianças mais amplas. “No PSB terei a chance de fazer uma aliança mais ampla, com partidos progressistas e de centro, para enfrentar o grupo político que faliu e entranhou a corrupção no Rio”, justifica. Na tentativa de se deslocar da imagem de radical que acompanha o PSOL, Freixo não descarta ter até o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, a seu lado no palanque. Segundo ele, a esquerda não pode repetir os erros da eleição passada. “Não é mais uma questão de direita versus esquerda, mas de proteger a democracia”, disse ele à revista.
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Ainda sobre as movimentações para 2022, o deputado ainda fala sobre um projeto nacional que também inclui a filiação do governador do Maranhão Flávio Dino ao PSB. Ele ainda destaca a importância do diálogo na articulação política para as próximas eleições “As pessoas com quem converso ressaltam que uma aliança não deve se limitar à esquerda. O PSB ainda está debatendo a questão do apoio, mas em uma eleição polarizada entre Lula e Jair Bolsonaro, o partido estará com o petista”, afirmou em entrevista.
Sobre o ex-presidente Lula, Marcelo Freixo deixa bem claro que ele não influenciou em sua decisão de mudança de partido. “Agora, a volta do Lula ao tabuleiro eleitoral mexeu com o cenário, inclusive nos estados. No Rio, o PT de imediato abriu mão de lançar um candidato e indicou apoio a uma grande aliança”, pontou Freixo.
Quanto a candidatura ao governo do estado do Rio de Janeiro, o deputado é enfático em seu posicionamento e afirma estar disposto a construir uma alternativa para o Rio de Janeiro. ” Há três meses, em um jantar em Brasília, o deputado Rodrigo Maia, espontaneamente, disse que eu deveria ser governador. Não significa que vá me apoiar, mas é notório que algo novo precisa acontecer”, declarou.
Sobre alianças e estruturação de equipe para o projeto de 2022, Marcelo Freixo conta com nomes egressos das gestões de Fernando Henrique Cardoso e Michael Temer. “Além de alianças, estamos reunindo pessoas capacitadas. Os economistas André Lara Resende e Laura Carvalho estão traçando um plano de recuperação do estado. O Raul Jungmann, ex- -ministro da Defesa, coordenará o programa de segurança e Carlos Gadelha, da Fiocruz, atuará na saúde”, detalhou o pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro.
Na manhã desta sexta, Marcelo Freixo publicou em suas redes sociais uma nota sobre a saída do PSOL, falou sobre a importância do partido na sua trajetória política e reforçou seu posicionamento contra o governo Bolsonaro. “Seguirei me dedicando à construção de pontes, reafirmando o valor do diálogo e o papel da política como meio de resolvermos pacificamente os problemas do país. Nosso dever histórico é derrotar Bolsonaro nas urnas e o bolsonarismo enquanto projeto de sociedade. Sei que o PSOL e eu estaremos do mesmo lado para cumprir essa tarefa”, assegurou Freixo.