O encontro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o também ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, líder do PSDB, aponta para a configuração de um novo tempo entre os dois partidos rumo às eleições de 2022. Animado com a reunião das duas lideranças, o vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSDB), está confiante de que a aliança PT e PSDB ocorrerá no Maranhão em 2022, caso seja firmada no âmbito nacional.
Vale lembrar que outras lideranças do PSDB tem se manifestado a favor da aliança entre os dois partidos. No Maranhão, a união PT e PSDB já ocorreu em 2014 quando o PSDB integrou a aliança que elegeu a chapa Flávio Dino-Carlos Brandão.
Leia também: Eliziane Gama: ‘evangélicos não estão com Bolsonaro’
Além de Brandão, Flávio Dino, governador do Maranhão, também comentou sobre o encontro de Lula e FHC e destacou a importância do diálogo entre os ex-presidentes. “Muito importante esse diálogo entre os ex-presidentes Lula e Fernando Henrique, independentemente de alianças eleitorais. Trata-se de proteger a democracia ameaçada pela extrema-direita bolsonarista. Defendo esse diálogo há alguns anos, conforme registros de 2015 e 2017”, destacou.
PT e PSDB contra Bolsonaro em 2022
Nas últimas sete eleições presidenciais os dois ex-presidentes estiveram em lados opostos, seja em um embate direto ou apoiando candidatos diferentes. Mas em recente entrevista à uma emissora de televisão Fernando Henrique afirmou que votará em Lula em 2022 caso o segundo turno fique entre o petista e Jair Bolsonaro.
Lula à frente de Bolsonaro
Pesquisas apontam que a popularidade do presidente da República está em declínio. Na última sexta (21), a pesquisa do Instituto Vox Populi apontou vitória de Lula sobre Bolsonaro: 55% a 28% no segundo turno. O petista também ganharia do atual presidente no primeiro turno com 34% dos votos, contra 24%.
Uma pesquisa realizada pelo instituto Paraná Pesquisas com eleitores da Bahia, divulgada na última quinta (20) também indica a liderança de Lula com ampla vantagem. O ex-presidente soma 43,3% das intenções de votos entre a população baiana, bem distante do segundo colocado, Jair Bolsonaro, com 24,6%.