Em entrevista ao portal 247, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), avaliou nesta quarta-feira (12) que o ex-chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) Fabio Wajngarten deveria ter sido preso ao mentir em depoimento à CPI da Covid.
Wajngarten foi convocado à CPI após entrevista concedida à revista Veja, quando relatou a negociação com a Pfizer sobre a aquisição de vacinas por parte do governo federal. À reportagem, ele também disse que a “incompetência” do Ministério da Saúde causou atraso na compra de vacinas contra a covid-19.
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Dino lembrou que a testemunha tem por obrigação dizer a verdade, não podendo ocultar nenhuma informação.
“Houve uma tentativa de uma testemunha, que depõe sob compromisso de dizer a verdade, de ocultá-la [a informação]. E isso, nos termos da lei, configura crime. A testemunha não pode nem mentir e nem omitir, e aparentemente foi esta a situação. Creio que todas as testemunhas que tiverem essa conduta deverão e serão responsabilizadas criminalmente”.
Durante a sessão senadores se irritaram com as contradições no depoimento do ex-secretário. Wajngarten não chegou a preso porque o presidente da comissão, senador Omar Aziz (MDB-AM), não acatou os pedidos dos colegas. Mesmo assim, a CPI pediu que o Ministério Público do Distrito Federal apure se o depoente cometeu crime de falso testemunho.