Nas últimas duas semanas, o Maranhão foi pauta de uma reportagem da revista Veja, um artigo do jornal Estado de S. Paulo, e um podcast da revista Piauí. Desta vez, tanto destaque não foi pelas belezas dos Lençóis Maranhenses ou por problemas em Pedrinhas, como em 2013. Neste mês de maio, o Maranhão virou destaque na imprensa nacional por causa dos números de Covid.
Os veículos buscaram responder a uma pergunta que já vinha intrigado muita gente: mas porque o Maranhão, estado que ficou estigmatizado nacionalmente pelos piores índices de desenvolvimento humano por muito tempo, tem agora os melhores índices de combate ao Covid?
Nível Alemanha
Não, não é o bairro de São Luís. É a Alemanha lá da Europa. Com uma população de cerca de 7 milhões de pessoas, o Maranhão registrou índices de mortalidade de 105,1 mortos por 100 mil habitantes, indicador comparável ao da Alemanha, um dos países que têm sido referência no mundo! É um terço da taxa do Amazonas, o pior colocado no ranking nacional segundo esse mesmo critério.
Foi esse número que fez o comentarista do SportTV, Sérgio Xavier Filho, perguntar no Twitter: “algum especialista da área consegue explicar por que o Maranhão está com uma taxa de mortalidade tão mais baixa do que a média brasileira?”.
“Não foi obra do acaso”, respondeu à Veja o governador Flávio Dino (PCdoB). Ok, mas quais os motivos? Os veículos nacionais foram buscar a resposta. E o D98 explica aqui para vocês com exclusividade o que eles disseram:
É o SUS…!
Só neste ano de 2021, foram abertos 983 leitos exclusivos para tratamento de Covid pelo Governo do Maranhão – sendo 357 deles de UTI. O esforço se soma a uma ampliação da rede estadual que já vinha desde 2015 quando Dino tomou posse e criou uma rede estadual com 13 novos hospitais do governo – antes existentes em apenas duas cidades do Maranhão.
…e Lockdown!
O Maranhão foi o primeiro estado do país a adotar a suspensão das atividades presenciais na capital, como bem lembram em seu artigo no Estadão o professor de Ciência Política da UFT, Hesaú Rômulo, e a mestra em Ciência Política pela UFPI, Ananda Marques.
“É preciso lembrar que o Maranhão foi o primeiro Estado da Federação a adotar lockdown, em maio de 2020. Esta medida se mostrou eficaz na contenção do espraiamento do vírus para o resto do território, ainda que momentaneamente, e para que a gestão tivesse mais tempo na estruturação da rede de atendimento para Covid”, afirmam.
Se quiser saber mais sobre o que Veja e Estadão falaram do Maranhão pode clicar aqui e aqui, respectivamente.