O plano de Bolsonaro e Guedes é que os salários, aposentadorias e benefícios, como, por exemplo, o seguro desemprego, sejam congelados
O plano de Bolsonaro e Guedes quer derrubar o poder de compra de milhares de brasileiros

O atual presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem uma verdadeira conta a ser entregue aos brasileiros após o segundo turno das eleições. De acordo com a Folha de São Paulo, o plano de Guedes é que os salários, aposentadorias e benefícios, como, por exemplo, o seguro desemprego, sejam congelados e não tenham sequer a reposição da inflação.

O chamado “novo marco econômico” será apresentado via proposta de emenda constitucional (PEC) no dia seguinte ao segundo turno e deve derrubar ainda mais o poder de compra de milhões de brasileiros. Após várias medidas eleitoreiras de Bolsonaro, o preço será pago por aposentados e trabalhadores.

O Plano do governo Bolsonaro é mudar o índice que calcula a inflação. Guedes quer utilizar o o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), utilizado para famílias que ganham até 40 salários mínimos, que costuma ser menor do que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), este último usado para calcular os reajustes do salário mínimo, aposentadorias, pensões e benefícios, que sempre é maior.

Lula critica plano do governo Bolsonaro de congelar salário mínimo e aponsetadoria de brasileiros

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o plano do governo Bolsonaro de acabar com a regra de correção do salário mínimo e da aposentadoria baseada na inflação. A medida, que entraria em vigor no caso de Jair ser reeleito, consta de plano do ministro da Economia, Paulo Guedes, divulgado hoje, e que abre caminho para que os benefícios sofram ainda mais desvalorização por não atrelar a correção à inflação, causando mais perdas à população.

“Hoje no jornal eu vi uma notícia que o ministro da Economia do Bolsonaro quer tirar a correção do salário mínimo. E já tinha visto que o Guedes querer privatizar as praias. Até a praia, uma das coisas mais democráticas do mundo”, reclamou ele, nesta quinta-feira (20/10), durante caminhada em Padre Miguel, no Rio de Janeiro.

Lula, que apresenta em seu plano de governo uma proposta diametralmente oposta, prevê o salário mínimo forte, com aumento acima da inflação. Ao contrário de Bolsonaro, ele garantiu 74,33% de ganho real nos rendimentos.

Em seu discurso, ele também criticou as medidas eleitoreiras que Bolsonaro está executando, com o aumento temporário para R$ 600 do auxílio, que está previsto para acabar em dezembro.