O agente penitenciário Jorge José da Rocha Guaranho invadiu uma festa e matou a tiros o aniversariante, o guarda municipal Marcelo Arruda, na noite do sábado (09/07), em Foz do Iguaçu (PR).
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O evento celebrava os 50 anos de Arruda, que era filiado ao PT e fez uma comemoração temática com bandeiras e cores do partido e foto do ex-presidente e pré-candidato à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva.
Armado, Arruda teria revidado, matando Guaranho. O boletim de ocorrência cita que o autor dos disparos era policial penal federal e chegou no local gritando “Aqui é Bolsonaro!”. Segundo a política, Guaranho foi internado e segundo boletim médico está com quadro estável.
Arruda deixa mulher e quatro filhos, incluindo um bebê. Filiado ao PT, ele foi
candidato a vice-prefeito de Foz do Iguaçu pelo partido em 2020.
Discurso de ódio
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) declarou, por meio de suas redes sociais, que vai entrar com uma representação no Tribuna Superior Eleitoral (TSE) para responsabilizar o presidente Jair Bolsonaro (PL) por “discurso de ódio” e “incitação à violência“.
Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato a deputado federal por São Paulo, disse que o episódio é uma consequência do “legado de Jair Bolsonaro [PL] para o país”. “Não são dois lados da mesma moeda. O bolsonarismo prega a morte, a tortura e leva a assassinatos políticos“, escreveu Boulos.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) também comentou o caso e disse que todos, “especialmente os líderes políticos”, devem “lutar para combater este ódio, que vai contra os princípios básicos da vida em família, em sociedade e em uma democracia”.
O ex-presidente Lula se manifestou nas redes sociais e disse que “uma pessoa com intolerância ameaçou” e atirou contra o militante. “Duas famílias perderam seus pais. Filhos ficaram órfãos, inclusive os do agressor. Meus sentimentos e solidariedade aos familiares, amigos e companheiros de Marcelo Arruda“, escreveu o petista.
O ex-presidente também pediu “compreensão e solidariedade” com os familiares de Guaranho, “que perderam um pai e um marido para um discurso de ódio estimulado por um presidente irresponsável”, referindo-se Bolsonaro.