O ex-presidente Lula (PT), nome mais esperado no ato de comemoração ao Dia do Trabalhador em São Paulo, usou seu discurso para lembrar aos trabalhadores como era a vida em seu governo e afirmou que, em outubro, o país voltará a ter liberdade. O evento teve como tema “Emprego, Direitos, Democracia e Vida”. O petista criticou ainda o salário mínimo nos últimos anos sem ganho real e criticou a inflação maior em 27 anos sob o governo Bolsonaro.
Ele chegou à praça Charles Miller às 15h20, ao final do show de Leci Brandão e do rapper Dexter. O evento continua com o público esperando shows do DJ Kl Jay e de Daniela Mercury.
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Lula enfatizou ainda não ser candidato, mas disse que o Brasil vai eleger “alguém melhor” que o atual presidente e que o Brasil será reconstruído. Aos dirigentes sindicais, no ato de 1° de Maio, propôs uma “mesa de negociação” para discutir direitos e políticas públicas.
“A liberdade finalmente abriu as asas sobre o povo brasileiro. E vamos voltar a ser um país civilizado”, disse Lula quase no final de seu pronunciamento, às 16h15. “Vamos pegar um país destruído”, alertou. “Quem sabe o que precisa não é nenhum capitão, é o povo trabalhador deste país.”
O petista atacou novamente Bolsonaro, após um discurso duro na Convenção do PSOL, neste sábado, que oficializou o apoio do partido à sua candidatura presidencial:
“Não aceitamos esse ódio que está sendo imposto por esse genocida que governa o país. Eu disse ontem e vou dizer agora: ao invés de abrir salões e salões de treino de tiros, vamos abrir salões para fazer biblioteca”.
“Todos vocês, mesmo aqueles que são jovens, devem ter um parente que já viveu os melhores momentos no meu governo. O salário mínimo tinha aumento real e a inflação ficava em 4,5%, média que estabelecemos. Em abril, a inflação foi a maior em 27 anos”, discursou o ex-presidente, que lidera as pesquisas de intenção de voto para a eleição de outubro.
“Eles diziam que se aumentasse o salário mínimo, viria a inflação, mas a inflação no período ficou dentro da média estabelecida por nós, de 4,5%. Numa demonstração de que pode sim aumentar o poder aquisitivo do povo brasileiro. Quando a inflação cresce, o salário diminui, o carrinho tem menos compra, na mesa tem menos coisa para vocês comerem”. Destacou a criação de empregos com carteira assinada durante sua gestão.
“Temos que fazer uma luta incomensurável para reduzir a inflação e transformar inflação em aumento de salário para que o povo possa comer e viver melhor nesse País”, disse, afirmando que pegará “um país destruído” caso seja eleito.
Com informações da Revista Fórum