Em anúncio nas redes sociais nesta segunda-feira (21), Guilherme Boulos, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), afirmou que desistiu de concorrer ao Governo de São Paulo para disputar um mandato de deputado federal visando a Câmara dos Deputados.
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A justificativa apresentada pelo político é de que buscará fortalecer a bancada do PSOL em Brasília, além da busca de unidade para derrotar o extremista Jair Bolsonaro (PL). A tendência é que Boulos apoie Fernando Haddad (PT) ao governo, porém a decisão será tomada pelo PSOL apenas em abril.
“Tomei a decisão de ser candidato a Deputado Federal por uma razão: ajudar a construir uma grande Bancada de Esquerda no Congresso. Hoje o Centrão governa o Brasil. Precisamos ter força para a Reforma Trabalhista, o Teto de Gastos e aprovar mudanças populares“, publicou ele. O PSOL defende um “revogaço” caso Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença a eleição.
Outro ponto defendido pelo psolista é uma “unidade da esquerda para derrotar os tucanos e o bolsonarismo” em São Paulo, fazendo um aceno ao pré-candidato do PT para o Palácio dos Bandeirantes, Fernando Haddad.
Outra promessa de Boulos é de ser o deputado federal mais votado do país, tentando desbancar Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, do posto.
Em 2020, Boulos foi o candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo. Chegou a ir para o segundo turno, mas perdeu a eleição para o ex-prefeito Bruno Covas (PSDB), que morreu vítima de câncer em maio de 2021.
Filósofo, professor, ativista e psicanalista, graduou-se em filosofia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP), onde ingressou em 2000.
Especializou-se em Psicologia Clínica pela PUC/SP e também é mestre em psiquiatria pela Faculdade de Medicina da USP.
Confira aqui a entrevista completa concedida à colunista Mônica Bergamo.