Segundo o jornal O GLOBO, os pré-candidatos à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva e Ciro Gomes entraram em choque por alianças locais a pouco mais de um ano para as eleições de 2022. Em São Paulo e Pernambuco, o foco da disputa é o PSB, aliado pedetista nas disputas municipais de 2020 que passou a ser cortejado pelo PT. Já no Rio, a aproximação entre PSB e Lula, após a filiação do deputado Marcelo Freixo, levou o PDT a acelerar a pré-candidatura de Rodrigo Neves aos governo.
Neves tem um bom relacionamento com lideranças locais do PT e ao ser lançado como candidato, além de garantir um palanque fluminense para Ciro Gomes, o PDT busca o apoio de nomes de centro como o deputado Rodrigo Maia (sem partido) e o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), que vêm sendo cortejados por Freixo, que deixou o PSOL para viabilizar sua candidatura ao governo, e por Lula.
O arranjo nacional é um obstáculo para que a aliança entre os dois partidos aconteça no Rio. Nesta semana, está previsto um encontro entre Neves e lideranças petistas no estado, já que a união dos dois partidos renderam vitórias em vários municípios nas últimas eleições.
No Maranhão, há embaraço semelhante, Lula conversou com o senador Weverton da Rocha (PDT-MA), pré-candidato ao governo. Weverton é aliado de Ciro e também do governador Flávio Dino (PSB), que apoia Lula.
Leia também: Bolsonaro perde um terço dos eleitores que votaram nele em 2018
Em São Paulo, o PT tenta articular a candidatura de Fernando Haddad ao governo, e fez acenos ao ex-governador Márcio França (PSB). O planejamento petista é lançá-lo ao Senado em uma chapa com Haddad, mas isso vai de encontro a vontade de França, que está propenso a apoiar uma candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) ao governo. Já nos bastidores, o PDT incentiva um apoio a Alckmin, que deve sair do PSDB.
No maior colégio eleitoral do país, em Minas Gerais, a disputa é pela melhor posição na chapa do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), ao governo. Apesar da concorrência, Kalil não sinalizou nenhum apoio a Lula ou Ciro. Há vários nomes que circulam a provável candidatura de Kalil, como o presidente da assembleia legislativa, Agostinho Patrus (PV), têm boa relação com lideranças petistas.
Nordeste
No Ceará, o PT tem se empenhado em lançar Camilo Santana ao Senado e pode apoiar o ex-senador Eunício Oliveira (MDB) para sucessão estadual. O ex-senador tem defendido publicamente a candidatura de Lula contra Ciro, seu rival. O PDT deve apoiar o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio, aliado de Camilo.
— Não creio que Lula vá querer comprar essa briga no Ceará. Camilo vai ter uma certa dificuldade para se equilibrar, mas acredito que, sendo candidato ao Senado, apoiará o PDT ao governo — afirmou o presidente do PDT, Carlos Lupi.
Em Pernambuco, os petista indicam um apoio ao PSB no próximo ano, para a sucessão do governador Paulo Câmara, que demonstra simpatia à candidatura do ex-presidente. Já João Campos, lidera a ala do PSB que quer uma terceira via, mas não defende a candidatura de Ciro publicamente.
A matéria é do jornal O GLOBO. Continue lendo AQUI.