A capital do Maranhão, São Luís, e as cidades vizinhas receberão cerca de 300 mil doses a mais de vacinas contra a Covid-19. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ao desembarcar em São Luís, na tarde deste domingo (23). Em São Luís, Queiroga se reuniu com o governador Flávio Dino, desafeto de Bolsonaro, e pregou integração no trabalho de combate à doença.
“Vamos trabalhar juntos, de forma articulada, para prover a segurança necessária, para transmitir à nossa população o que ela precisa: confiança nos seus gestores, confiança no ministro, no secretário estadual de Saúde, no secretário municipal de Saúde, porque estamos trabalhando juntos pelo povo do Brasil “, afirmou Queiroga, sem fazer qualquer menção ao ato de aglomeração promovido por Bolsonaro em passeio de moto no Rio de Janeiro.
No Maranhão, Queiroga e Dino se reuniram no porto do Itaqui, em São Luís. Durante a visita, eles acompanham a testagem de funcionários para a detecção da covid-19.
No sábado (22) a Saúde anunciou o envio de 600 mil testes rápidos de antígeno e prometeu uma estratégia de busca ativa de novos casos em aeroportos, rodoviárias e principais estradas no Maranhão, a ser replicada também em outras cidades do País.
Mais vacinas ao Maranhão
Serão enviados imunizantes da Pfizer e da AstraZeneca. Queiroga disse que o aumento será de 5% em relação ao montante já previsto. Essas doses serão distribuídas às cidades de São Luís, Paço do Lumiar, Raposa e São José de Ribamar. O ministro não adiantou quando será feita a entrega dos imunizantes.
A presença da nova cepa, a B.1.617.2, foi confirmada no estado na quinta-feira (20), quando seis casos foram detectados entre 24 tripulantes do navio MV Shandong Da Zhi, que veio da China e está em isolamento no Maranhão.
“A SES comunica, ainda, que os 23 tripulantes embarcados no navio estão assintomáticos e seguem em quarentena. Quanto ao único tripulante internado em Unidade de Terapia Intensiva no hospital da rede privada, em São Luís, o último boletim confirma que permanece com quadro clínico grave”, afirma a Secretaria de Saúde do Maranhão em nota.