Líderes dos partidos que integram a Oposição e a Minoria na Câmara dos Deputados protocolaram, na noite da terça-feira (11), uma Representação por Improbidade Administrativa na Procuradoria da República do Distrito Federal contra o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e o presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Marcelo Moreira.
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O documento pede a instauração de um inquérito civil para investigar a criação de um orçamento secreto de R$ 3 bilhões, montado por Jair Bolsonaro (sem partido), para angariar apoio da base aliada no Congresso Nacional, no escândalo que vem sendo chamado de “Tratoraço” ou “Bolsolão”.
Papel da Codevasf
A denúncia, feita pelo jornal O Estado de S. Paulo na segunda-feira (10), aponta que boa parte dos recursos autorizados pelo presidente foram destinados à compra de tratores e equipamentos agrícolas por preços até 259% acima dos valores de referência fixados pelo governo.
A Codevasf, estatal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional, atualmente chefiado por Marinho, teria aberto caminho para a execução das verbas secretas.
Parlamentares que assinam a peça pedem que ao final da apuração de responsabilidades, seja aplicada a pena prevista na Lei de Improbidade Administrativa.
Se comprovada a participação de Marinho e Moreira, eles poderão ser obrigados a promover ressarcimento integral dos recursos e estarão sujeitos à perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa, até a proibição de contratar com o Poder Público.